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"Antes morrer que nos perverter ao Islã"

Por Luis Dufaur (*) | 12/10/2014 14:00

“É melhor morrer que nos perverter” – afirmaram corajosamente em entrevista ao jornal italiano ‘Corriere della Sera’ os iraquianos que fugiram das milícias islâmicas. A despeito de idílicas crenças e ilusões “ecumênicas”, a pérfida religião de Alá está massacrando com crueldade cristãos, além de muçulmanos considerados não suficientemente fiéis.

Os católicos, porém, manifestam uma coragem que só pode vir do Céu e que intimida os sanguinários seguidores do Corão. Eles têm em conta de “traidor” aquele que para salvar a vida, a propriedade e o dinheiro pronuncia a “Shahada”, que é a declaração de perversão ao Islã.

O jornal ‘Corriere della Sera’, dialogante face ao islamismo, reconhece que os católicos iraquianos “demonstram uma fé e uma determinação de permanecerem fiéis que, para nós europeus, pode parecer coisa do passado, uma rememoração de tempos antigos”.

Salem Elias Shannun, 57; Habib Noah, 66; Najib Donah Odish, 67, e Yohannah Kakosh, 65, contaram: “Tentaram durante um mês. Todos os dias vinham nos dizer para nos tornarmos muçulmanos. Um dia pela manhã dissemos a eles que seria melhor eles se batizarem. Então nos maltrataram ainda com mais força”.

Os quatro moravam na aldeia de Batnaia, cerca de 15 km a oeste de Mosul. Depois de passarem 22 dias com os jihadistas que ocuparam suas casas e ficarem 12 dias presos no cárcere de Hawuja, eles acabaram chegando à cidade de Erbil.

Perto dali, no hospital de Zakho, estavam se tratando três moças muçulmanas que conseguiram fugir do mercado do sexo da zona ocupada pelos muçulmanos do ISIS. Pertencentes a seitas islâmicas diferentes, elas haviam tentado o suicídio. Uma delas morreu, pois, segundo o costume do Corão, as violentadas ou desonradas devem ser mortas pela própria família.

Os cristãos, porém, inspiram temor aos fanáticos islâmicos. “Na primeira semana que chegaram a Batnaia, eles nos deixaram em paz, sem ameaças. Pelo contrário, até nos trouxeram alimentos e água. Na nossa aldeia, de 3.000 habitantes, ficamos apenas uns 40. Eles nos diziam para telefonar aos nossos parentes a fim de convencê-los a voltar.

Depois começaram a insistir que tínhamos de nos converter. Todos nós fomos surrados repetidamente. E os mais jovens de modo prolongado”, lembram os quatro.

Eles quase choravam quando descreviam a profanação da “Mar Kariakos”, a basílica local. “O pior de todos era um iraquiano de uns 50 anos, que se fazia chamar de Abu Yakin. Era ele quem mandava seus homens nos golpear. Ameaçava-nos. “Ele ordenou que as cruzes fossem despedaçadas na igreja, que as imagens de Nossa Senhora e de Jesus Cristo fossem decapitadas e usadas como alvos para os fuzis kalashnikov”.

Mas a apostasia estava fora de discussão. O Pe. Paolo Mekko, teólogo e pároco, que não abandonou os seus diocesanos na planície de Nínive, relembra textos da história da Igreja relativos aos primeiros mártires.

A graça de Deus anima seus filhos, especialmente nos momentos mais difíceis, conferindo-lhes forças para derrotar moralmente seus adversários ou a partir para o Céu, sem necessidade de recorrer a sofismas relativistas “ecumênicos” que nada resolvem no momento decisivo.

( * ) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM

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