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A (in)segurança pública e o medo dos moradores do Santa Carmélia

Por Marco Antônio dos Santos Araújo (*) | 12/12/2013 15:59

Vocês sabem o que é chegar em casa, no fim de tarde, cansado do trabalho, e encontrar tudo revirado, quebrado, sujo e faltando coisas? Pois é, passei por isso novamente nesta semana. Há alguns meses, bandidos pularam o muro de um terreno baldio que faz divisa com minha residência, na Vila Santa Carmélia, em Campo Grande (MS). Quebraram a porta de ferro da cozinha e fizeram a festa, levando até os botijões de gás.

Registrei Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e os atendentes se resumiram a dizer: “é assim mesmo, tem que colocar cerca elétrica”. E, nunca mais vi minhas coisas. Na semana passada, de novo! Como briguei com o dono do terreno do fundo e o fiz cercá-lo com rigor, os bandidos subiram pelo muro da frente, escalando a frondosa árvore da minha rua.

Aí, quebraram a janela do meu quarto e levaram meu notebook, um som de USB do “parmera”, com pen drive contendo muitas músicas que eu gosto (de Bach a U2, passando por Fito Paes e Jorge & Mateus). Levaram também meu Playstation, com os jogos!!!

Além disso, fizeram questão de revirar tudo e, se algo não os tivesse interrompido, levaram minhas roupas, pois tudo estava sobre a cama.

Chamei a polícia, pelo 190, sendo que a atendente relutou em mandar uma viatura, dizendo que eu teria que registrar B.O. na Delegacia de Atendimento ao Cidadão, no centro da cidade, já que passava das 18 horas. Insisti pela presença da PM, pois meus vizinhos sabiam como era o ladrão, a direção para onde ele fora e até sua provável residência.

UMA HORA DEPOIS veio a viatura. Os “guardas” entraram, viram o estrago, anotaram o que havia sumido e se limitaram a repetir o que o policial civil havia me dito na ocorrência anterior: “você tem que pôr uma cerca elétrica ou ter um cachorro”. Oras, meu primo comprou um pitbull recentemente e, no mesmo bairro, entraram na casa dele e levaram uma TV de LCD novinha E O PITBULL!

Depois, quando os policiais já haviam saído, chegou uma testemunha que disse ter visto um elemento conhecido como MARCOLA, que mora no bairro Manoel Taveira, próximo da saída de Rochedo. Liguei novamente para a polícia, relatei o fato e a atendente disse que mandaria a viatura de novo. Algum policial passou na sua casa? Pois é, nem na minha!

Tentei registrar o Boletim de Ocorrência pela Delegacia Virtual da Polícia Civil, pois é importante que se registrem os crimes. Mas, o sistema cai na metade do preenchimento dos dados.

Pois é. Estamos todos abandonados pela (IN)segurança pública. O policial que foi até minha casa disse que “é assim mesmo, o bairro está cheio de drogados invadindo as casas”. E NINGUÉM FAZ NADA? Teremos que viver entre hordas de drogados bandidos? Alguém terá que ser assassinado para que tomem alguma providência? Sim, assassinado, pois se um louco drogado desses invade uma casa com uma idosa sozinha? Ela não corre o risco de ser morta por um louco? Ou, como ouvi muito de vizinhos, será que os moradores vão ter que organizar uma chacina para viverem em paz? Com a palavra o Governador.

P.S.: Num mundo perfeito, a polícia investigaria o crime e encontraria minhas coisas, então vejamos...levam um notebook Toshiba prata, um som USB do Palmeiras e um Playstation 2. O resto (pen drives, carregadores de celular e sei-lá-mais-o-que, deixa quieto, pois não dá pra identificar mesmo).

(*) Marco Antônio dos Santos Araújo, ou Marco ASA, é jornalista e publicitário.

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