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A hora de investir em ações

Por Mauro Calil (*) | 08/08/2011 11:18

O ano de 2011 não está sendo o melhor ano para a Bolsa de Valores de São Paulo. Se olharmos apenas os números isoladamente, o cenário parece um pesadelo. Afinal, de janeiro a julho, o Ibovespa caiu 15,1%, e agosto começou tão ruim quanto o restante do ano. Diante disto, muitos investidores estão deixando os investimentos em renda variável – o número de pessoas físicas no mercado de ações já recuou aos níveis de julho de 2010. Mas será que isto é o melhor a se fazer?

Existe uma regra clara no ‘mundo’ dos investimentos em ações que pequenos, médios e grandes investidores sabem. Para se ganhar na Bolsa de Valores, deve-se comprar na baixa e vender na alta. Sendo assim, o momento em que vivemos é o ideal para comprar ações, não vendê-las. Sei que principalmente para os pequenos poupadores esta é uma situação difícil e que é necessário muito sangue frio para manter estes investimentos, mas ressalto que este é o momento em que mais se tem que olhar para o cenário de forma crítica e agir de forma racional.

É claro que ninguém deve sacar todos os seus investimentos e colocar tudo em ações (ou em qualquer outro investimento) somente por acreditar que este é o momento certo – aqui, a máxima da diversificação continua valendo. O que o pequeno investidor pode fazer é alocar pequenos valores em ações de empresas sólidas, que poderão se tornar maiores no longo prazo.

Mas isto também deve ser muito bem pensado e o pequeno investidor que já está na bolsa de valores deve analisar fatores como quanto as ações representam dentro do total investido, quanto se ganhou ou perdeu e a necessidade real de sacar os recursos. A partir daí, este investidor poderá tomar uma decisão de forma mais coerente, seja para investir mais ou para sair da bolsa.

Já para quem não investe em ações, digo que sempre é hora de entrar na bolsa, respeitando sempre o seu planejamento financeiro. E, seguindo a regra já citada, o momento mais adequado é justamente aquele em que todos estão fugindo da bolsa, quando as ações estão em baixa.

A decisão final sobre se manter na bolsa ou não, ou começar a investir ou não em ações, deve ser tomada com base no planejamento financeiro e não olhando a volatilidade do mercado.

(*) Mauro Calil é educador financeiro e autor do livro “A Receita do Bolo”.

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