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A própria solução é a crítica!

Por Jeovah de Moura Nunes* | 14/11/2011 07:05

Um amigo meu leitor dos quase mil artigos que publiquei acredita que meu artigo de 9 de março último “não passa de uma grande salada, composta” – no entender dele – “de pérolas, como a afirmação de que Adolph Hitler era católico”. Bom, confirmo novamente neste artigo que Hitler era católico. Não era praticante, mas dava grande apoio aos padres e religiosos seguidores da cruz que não era a gamada de Hitler. Não precisamos ir muito longe para conhecer algumas opiniões de pessoas que tem rabo preso com algo insignificante, mas que sabem desta verdade de que o ditador alemão era católico desde a infância. Na internet podemos localizar algumas frases, tais como: “Todo mundo sabe que Hitler era católico, porque os católicos fogem disso são outros quinhentos”; outra: “Hitler era católico, batizado na cidade austríaca de Braunau, e em idade adulta frequentou muitas igrejas católicas na Alemanha, apesar de ser ligado a uma seita mística”; outra: “Se Hitler era católico não acho que o católico deva esconder isto, nem deve se sentir culpado... passado é passado”; outra: “Hitler não era, na realidade, religioso, limitando-se, isto sim, a explorar cinicamente a religiosidade daqueles a quem se dirigia. Talvez concordasse com Napoleão, para quem "a religião é excelente porque mantem sossegada a plebe", e com Sêneca, que afirmou: "A religião é vista pelo povão como verdadeira, pelos sábios como falsa e pelos governantes como útil””. Se o ódio de Hitler pelos judeus fosse pelos católicos garanto que o Vaticano não existiria e não teria morrido seis milhões de judeus, mas 60 milhões de católicos no mínimo. A sorte é que ele tinha simpatia pelo catolicismo, mas não praticava nada.

Na verdade meu artigo foi escrito com diversos assuntos, coisas que comentei lembrando ao leitor as diversidades na política e em nosso dia-a-dia. Se ficar uma “salada” melhor ainda porque nesta salada tem coisas que importa a todos nós pagadores de impostos. Claro, tem gente que adora pagar impostos abusivos, gostos não se discute. Recebi também e-mail de um leitor reclamando que meus artigos são muitos críticos, mas não apresentam soluções. Ora, para quê vou produzir soluções se elas estão na própria crítica? As soluções para todas as críticas estão na razão inversamente proporcional às críticas, ou podemos dizer que a própria solução é a crítica! Quando digo que nossas leis são fajutas no que tange à criminalidade, qualquer pessoa de nível baixo entende que as leis devem ser refeitas com os detalhes de serem mais duras e aterrorizantes para quem comete crimes, visto que temos exemplos absurdos de criminosos, cujas sentenças judiciais são um grande apoio à continuidade da criminalidade do “conceituado” criminoso e até do criminoso pé-de-chinelo. Onde está o político brasileiro que acolhe e produz efeitos de uma solução dada pela plebe? O Datena está rouco de gritar por leis suficientemente exemplares, mas os tais “turistas” no Senado batem mais papo furado do que boi no pasto. Não existe em nosso país a seriedade eficiente e sim as lições desde criança que dá ao menor a oportunidade de aprender a roubar e a matar. Claro que com honrosas e belíssimas exceções. O pobre nasce pobre e morre podre de ser pobre, simplesmente porque não existem salários adequados aos bons profissionais. Aliás, até existem, mas são pessoas xodozinhos e “amigos do rei” e imaculadas que os prefeitos, os governadores e os presidentes dão enorme oportunidade, desde que sejam amigos para sempre deles, os reizitos que comandam. Tanto a administração municipal, quanto à estadual e federal é todas gêmeas e com as mesmas tendências de uma eterna ladroeira.

Estamos muito longe de ser um país exemplar no que se refere às penas judiciais através do ultrapassado Código Penal. Nem para código serve mais, diante de penas tão fracas para punirem os piores criminosos deste país. Os bandidos estão com este país nas mãos simplesmente porque não existem leis duras, capazes de corrigir a ferro e fogo os dotes dos criminosos, ou seja: interromper o enorme vício de roubar, aleijar e matar. Tanto é a criminalidade no Brasil, que penso todos os dias: “são os nazistas reencarnando no Brasil porque evidentemente se trata de um país com as leis mais fajutas do mundo inteiro”. Só passam necessidades na cadeia os presos de origem humilde. São atirados nas celas uns sobre os outros e vivem uns climas de perigo iminentes. Já os criminosos conceituados têm do bom e do melhor. Esses comportamentos sociais não existem nos EUA. O criminoso é tratado da mesma forma que todos os outros criminosos são tratados. Lá o enunciado: “todos são iguais perante a lei” funciona, mesmo sem existir este enunciado. Nós temos esta bela sentença com todas as letras, mas é mentirosa. Aliás, nossa Constituição virou uma colcha de retalho com as emendas disso e daquilo, que ao final não levam à nada. No Congresso só se fala em PEC – Projeto de Emenda Constitucional. Talvez porque leva o nome do parlamentar que resolve redigir uma nova PEC e assim fica mais conhecido e o eleitor só vota em político conhecido. É pura propaganda eleitoral mesmo dentro de um local de grandioso respeito pelo povo brasileiro, que tais políticos não têm! Do jeito que hoje está nossa Constituição vai se transformando num compêndio de loucos difíceis de interpretar. Não acho que para breve tais leis fajutas sejam retiradas definitivamente para a entrada das leis boas, severas e de grande repercussão no espírito de quem não tem nem mesmo espírito de legalidade. Este é o Brasil, um país que já foi verde amarelo, mas atualmente suas cores estão mudando bem mais para o “vermelhão” socializante.

(*´) Jeovah de Moura Nunes é escritor e jornalista

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