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Alta do dólar e superávit geram oportunidades para empresas e profissionais

Por Carlos Eduardo da Costa (*) | 02/03/2016 16:40

Com o dólar supervalorizado a exportação se mostrou um caminho muito rentável para as empresas. Após terminar 2015 com alta próxima a 50%, o dólar entrou em 2016 com forte valorização impulsionada pelas perspectivas negativas da economia brasileira.

A Bolsa também está em queda acentuada, com pequenas reações, mas chegando aos piores índices desde 2009. Ainda em decorrência do câmbio, as importações tiveram uma significativa redução, o consumo de produtos nacionais tem aumentado à medida que os estoques importados são consumidos.

Com base na última atualização de resultado da Balança Comercial apresentada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) depois de um 2015 deficitário, iniciamos 2016 com um superávit de US$2,215bi até o mês corrente e com grandes chances de ultrapassar os quase US$20bi de 2015 e superar US$30bi.

Quando temos uma situação de superávit na Balança Comercial significa que estamos vendendo mais ao exterior e comprando menos. Por um lado, quando compramos menos produtos do exterior o consumo de produtos nacionais tende a aumentar à medida em que os estoques importados são consumidos. Temos também aumento de consumo e produção, em especial dos produtos da área de alimentos, bebidas e vestuário, uma vez que nestes segmentos o país oferece variedade e qualidade.

Este aumento do consumo de produtos nacionais aliado a eventos como o Carnaval, Páscoa e as Olimpíadas, é o que movimenta nossa economia e exige das empresas tanto físicas como virtuais maior competência logística no controle de seus estoques, na busca de melhores fornecedores a menores custos.

Por outro lado, com o aumento das exportações, as empresas ampliam as oportunidades no acesso a mercados diversos multiplicando suas demandas e resultando no aumento de suas atividades produtivas e administrativas. Ou seja, cria-se a necessidade de mais recursos, ferramentas e profissionais especializados envolvidos no processo.

Nesse momento em que as empresas buscam crescer, mesmo em uma condição de economia fragilizada, são os profissionais com capacidade e conhecimento técnico as grandes e indispensáveis ferramentas para que se tenha uma ampla visão das operações de compra e venda, minimização de custos, de produção com qualidade e de disponibilização de produtos antes da concorrência.

Antes o profissional de logística era visto apenas como aquele que contava peças no estoque ou o que fazia entregas, hoje ele se tornou peça fundamental para que as engrenagens das empresas funcionem plenamente de forma otimizada e eficiente.

Vale ressaltar que não são apenas grandes empresas e indústrias que precisam pensar nesse profissional como forma de melhorar seus processos, pequenas e médias empresas também devem recorrer ao conhecimento desses profissionais para garantir que o crescimento conquistado nessa fase da economia gere resultados positivos e perenes.

Mais do que nunca, a logística é uma poderosa arma para que as empresas encontrem fórmulas para reduzir os custos, aumentar lucros e fidelizar o relacionamento com clientes.

(*) Carlos Eduardo da Costa é especialista em Direito, Logística e Negócios Internacionais.

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