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Bem público é parte do nosso dinheiro investido para uso comum

Por Luzia Felix da Silva (*) | 20/11/2013 08:39

Fico triste ao passar e perceber que vândalos poluem espaços públicos, com pichações ou mesmo destruindo-os. Acredito que seja necessário, desde a infância, as crianças tomarem consciência de que cada lugar e objeto público fazem parte da extensão da nossa casa. Pois, qualquer patrimônio público é adquirido com valores dos impostos pagos por cada cidadão.

Vale ressaltar que um desses impostos é parte do salário do trabalhador, que fica retido e é repassado na condição de tributos ou contribuição social pelos diversos fieis depositários indicados pelo governo aos cofres públicos.

Acredito que se a criança tivesse conhecimento de que parte do dinheiro, que seus pais teriam direito de receber, é retido e repassado ao poderio público para suprir as necessidades das pessoas, com certeza olhariam para cada um desses bens com sentimento de pertença e possivelmente aprenderiam a ter amor e zelo pelos bens destinados ao uso comum.

Dizer aos pequenos que o valor pago para construir uma escola, uma carteira ou uma praça é parte do suor do trabalho de seus pais e que foram destinados para que o governo adquirisse esses bens.

Se os pais não tivessem desembolsado esses valores, com certeza poderiam levá-los mais vezes para tomar sorvete ou quem sabe comprar um brinquedo novo por mês. Deve-se fazer a correlação do que é tirado da família/casa para ser destinado ao uso público.

Entendo que é preciso dizer que, assim como na nossa casa, cada vez que se estraga alguma coisa é necessário consertar ou comprar um novo e, que quando isso acontece faz falta e custa dinheiro. Da mesma forma ocorre com qualquer patrimônio destinado ao uso da sociedade.

Acredito que, se além de casa, esse trabalho fosse feito todos os anos na primeira série do período escolar, em breve poderíamos ter mais pessoas engajadas em manter lugares públicos com melhor estado de conservação.

Infelizmente, ainda temos adultos, que não conseguem enxergar que tudo o que está vinculado ao poder público é mantido por parte dos rendimentos de cada trabalhador. E que, se caso conseguisse diminuir os gastos possivelmente teríamos taxas menores de impostos ou quem sabe sobraria dinheiro para novos investimentos tais como: novas escolas, novos residenciais, novos postos de saúde, entre outros inúmeros recursos e benefícios que poderiam ser disponibilizados à comunidade.

Em muitos casos percebe-se a destinação de verbas para consertar estragos feitos por pessoas inconsequentes que não pensam no outro. Ter um ambiente ou bem público em melhor estado e condição de uso depende da consciência e contribuição de cada um, pois é parte do seu, do meu, do nosso dinheiro investido ali! Então o “público” é nosso, e, se é nosso, vamos cuidar!

(*) Luzia Felix da Silva, coordenadora e professora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande

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