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Campo Grande e seus novos jardins

Por Heitor Freire* | 13/12/2011 14:32

A nossa cidade, que desponta como uma das melhores no Brasil para se viver, sempre foi privilegiada pelo poder público. O governador Pedro Pedrossian, que nos presenteou com uma universidade, dotou também a cidade com um parque que, podemos dizer, é o nosso Central Park: O Parque das Nações Indígenas, com 109 hectares, localizado em área central, dotado de vários equipamentos que lhe dão a condição de utilização múltipla, possui um lago e pistas para caminhada, lazer, reflexão, meditação e também para a cultura.

Seguramente a observação da paisagem deve ter sido o primeiro motivo que levou o homem a criar um jardim. Com a evolução e o crescimento das cidades, esses jardins passaram a ser indispensáveis ao equilíbrio, e a ter usos múltiplos. A Arte do paisagismo no Japão é antiga e provavelmente originou-se da China e da Coreia muito antes do século VI. Para a cultura japonesa, o paisagismo é uma das mais elevadas formas de arte, pois consegue expressar a essência da natureza em um limitado espaço, utilizando plantas, pedras e outros elementos de forma harmoniosa com a paisagem local. O paisagismo concede tranquilidade para reflexão. (1)

Nas palavras de Mário Quintana: “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você”. E é o que se está fazendo em nossa cidade.

Campo Grande dispõe hoje de diversos parques lineares que são áreas que margeiam os córregos com a finalidade de proteção da mata ciliar e preservação ambiental, algumas com equipamentos de lazer. Com isso, a cidade se transformou num lindo e imenso jardim. Temos os seguintes parques lineares, já existentes ou em fase de implantação: Parque do Sóter, do Buriti/Lagoa, do Imbirussú, do Bandeira, do Cabaça e do Segredo.

O Parque do Sóter, com uma área aproximada de 15 hectares, localiza-se na parte norte/leste da nossa cidade, e hoje se denomina Parque Francisco Anselmo Gomes de Barros, homenageando o ambientalista que se imolou pela sua causa.

O Parque Linear do Segredo, com área de 35 hectares, localiza-se na parte norte/oeste da nossa capital. Hoje é chamado Parque Presidente Jânio Quadros, distinguindo o político nascido em nossa cidade.

O Parque Linear do Cabaça, com área de 12 hectares, se localiza na parte sul/leste. Como se vê, são áreas extensas e cuja manutenção exigirá não só o aporte de recursos do poder público, mas também a fiscalização constante da nossa população para que esses tesouros sejam permanentemente preservados.

A criação do Parque Linear do Imbirussu marca uma série de intervenções sociais, urbanísticas e ambientais em uma das áreas mais populosas de Campo Grande. Foram quase sete anos de trabalho, com a construção de casas para retirada de famílias de áreas insalubres, instalação de prédios públicos como escolas e unidades de saúde, obras de infra-estrutura como asfalto e saneamento básico e recuperação de áreas degradadas.

O Horto Florestal, no Imbirussú, com uma área de 20 hectares, que é também uma área de educação ambiental, tem como projeto final a implantação de um futuro jardim botânico, dotando assim a parte oeste da cidade com um local privilegiado e que beneficia uma área extensa. O Projeto compreendeu um conjunto de obras e ações destinadas à recuperação e revitalização da infraestrutura urbana e ambiental. Obtive estas informações por intermédio do engenheiro ambientalista Antônio Carlos Silva Sampaio, da Semadur – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e de Controle Urbanístico –, que gentilmente disponibilizou os dados para complementar este artigo.

O paisagismo implantado nos canteiros centrais da avenida Afonso Pena é de autoria do coordenador da brigada verde da Semadur, paisagista Hilarión Gregor Chaparro, – filho de Wisterman Chaparro, o grande jardineiro de nossa cidade, que foi o encarregado dos parques e jardins municipais por mais de 40 anos. Assim, Hilarión tem tradição e a quem puxar e se dedica com competência no embelezamento de nossa principal avenida, dando um novo colorido e destaque à nossa cidade e contribui não só para o aumento da área verde, mas principalmente para o acréscimo da área permeável, possibilitando uma vida mais saudável para a população.

A avenida Afonso Pena, desde a praça Newton Cavalcanti, no bairro Amambaí, onde ela começa, até o shopping Campo Grande, tem aproximadamente, a extensão de cinco quilômetros, e se transformou num verdadeiro jardim que enfeita toda a parte central da cidade e preserva as árvores centenárias já sabidamente reconhecidas como objeto de admiração da população. A avenida continua até o Parque dos Poderes, em frente ao Parque das Nações Indígenas, com pistas de ciclovia e de caminhada.

Espera-se agora o mesmo empenho para a avenida Mato Grosso, cujo projeto está em fase de conclusão e tem a implantação prevista para o ano que vem.

Cantar a nossa cidade faz um bem enorme.

(1) Fonte Wikipédia

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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