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Clima e Economia: o que fazer em tempos de crise?

Por Alexandre Honig Gonçalves (*) | 12/08/2011 06:03

Hoje em dia o mundo assiste perplexo às mudanças climáticas e o modo como estas afetam violenta e indiscriminadamente os Estados e suas populações, tanto os países desenvolvidos como aqueles em vias de crescimento econômico e incremento social têm passado por dificuldades por conta de eventos climáticos extremos, como por exemplo: chuvas e secas intensas, maremotos, terremotos, vulcões, tornados e neve, de um modo desordenado e fora dos padrões conhecidos pela humanidade.

Nesse cenário de permanentes discussões entre atores governamentais, instituições políticas internacionais, organizações não-governamentais, iniciativa privada e sociedade civil global, pouco tem se avançado em direção a uma estratégia compartilhada de cooperação transnacional que aponte caminhos efetivos para mitigação dos impactos antrópicos e para formulação de políticas públicas de fomento a sustentabilidade socioambiental no planeta.

Todavia, essas alterações no clima da Terra estão a cada dia sendo intensificadas por conta do tempo gasto em debates, políticas e estudos pouco ou nada conclusivos, enquanto se alastram as mazelas sociais e a anarquia no cenário internacional, uma vez que não existem fronteiras capazes de impedir problemas desta magnitude.

História, geografia, cultura, economia e território de vários países ao redor do mundo se encontram em risco de extinção eminente por conta da paralisia geral das nações em relação à resolução dos problemas na gestão ambiental global. Estes, que por sua vez demandam atenção, objetividade, seriedade e recursos específicos e ininterruptos por parte dos Estados a fim de que sejam resolvidos.

Paralelamente aos fatos supracitados, outros destaques no panorama internacional são as crises econômicas pelas quais passam os Estados Unidos e alguns países da Europa, estes são reflexos diretos e claros da má utilização dos recursos financeiros disponíveis.

Processos de engenharia e alavancagem financeira, especulações nos mercados de capitais, desvalorização de títulos públicos e um nível de gasto exagerado por parte desses países configuram atualmente uma realidade jamais pensada há poucos anos atrás, onde o capitalismo “ultraliberal” ditava as regras de produção e consumo das sociedades contemporâneas.

Deste modo, permanece estabelecido o dilema de agir ou não, em relação à problemática ambiental mundial, que não aguarda a resolução de problemas políticos e econômicos para prosseguir com sua violência sobre a frágil coletividade. Fato, é que neste cenário, não há recursos disponíveis.

Ainda dentro deste quadro conceitual, segue a eterna dúvida se o Homem é parte da natureza, ou se a natureza é parte do Homem.

Enquanto essas questões não forem debatidas com seriedade e serenidade entre os Estados, toda crise será largamente agravada pelas mudanças climáticas e seus eventos extremos. Um novo caminho deve ser formulado através de rotas multidimensionais e integradoras. Assim, o desafio maior dos Estados parte é traçar os planos aplicáveis ao alcance dos objetivos comuns à humanidade, através da diplomacia e de tecnologias sustentáveis.

(*) Alexandre Honig Gonçalves é coordenador do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande.

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