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Convenção consolida resultados em Agroenergia

Por Frederico O. M. Durães (*) | 23/12/2010 10:33

É mandatório que a Agroenergia seja consolidada em bases técnico-científicas e legais. No Brasil, os setores público e privado se organizam na concepção de que os esforços compartilhados permitirão, por certo, a alavancagem de desenvolvimento calcado em inovações para competitividade e sustentabilidade.

A Agroenergia é uma oportunidade para integrar “o saber” e “o saber fazer”. Adequar as facilidades para a ciência significa ampliar as oportunidades para o conhecimento. E, a decisão de fazer é, objetivamente, ter a coragem para “apostar as melhores fichas, políticas, gerenciais, técnicas, e de recursos” visando o progresso e o desenvolvimento da sociedade.

A Embrapa assumiu o compromisso de produzir conhecimento para gerar resultados impactantes em Agroenergia e busca coordenar e executar ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) úteis para o setor produtivo nacional. Para isto criou a Embrapa Agroenergia, que atua na organização de temas, times e facilidades, focando em soluções da biomassa à energia.

O Plano Nacional de Agroenergia (PNA 2006-2011) elenca as plataformas que devem ser trabalhadas: etanol, biodiesel, florestas energéticas e aproveitamento de coprodutos e resíduos. Tais plataformas precisam gerar resultados em três temas bem caracterizados, mas interdependentes: estudos e tecnologias agronômicas e florestais, estudos industriais e

estudos transversais, englobando avaliações sócio-econômicas, determinação de impactos ambientais, mitigação da emissão de gases do efeito estufa (GEE), etc..

Potencializando a experiência das 44 outras Unidades Descentralizadas da Embrapa e seus parceiros tradicionais e novos, e de forma complementar à produção de biomassa de qualidade, a Embrapa Agroenergia implementa seu programa de ação em quatro laboratórios temáticos (biologia energética; processamento de matérias-primas energéticas; aproveitamento de resíduos e coprodutos; gestão do conhecimento em agroenergia) uma central de análises químicas e instrumentais e um complexo de plantas-piloto semi-industrial.

A sede da Embrapa Agroenergia foi inaugurada em 02 de dezembro de 2010, e estas novas facilidades cumprem o atendimento de quatro objetivos basilares: funcionalidade científica, integração de bancadas de laboratórios com plantas-piloto, sustentabilidade produtiva e ambiental, e arquitetura diferenciada.

No período de 16 e 17 de dezembro de 2010 realizou-se a III Convenção 2010 da Embrapa Agroenergia, objetivando reforçar a cultura organizacional, efetuar a socialização de funcionários e avaliar planos de trabalho individuais e em equipes da Unidade.

A Embrapa Agroenergia promove duas convenções anuais que se prestam para compreensão da visão estratégica e discussão técnica das ações da Embrapa Agroenergia. Esta Convenção de Planejamento foi uma excelente oportunidade para a socialização de funcionários e resultou em sua compreensão e inserção funcional nos planos de trabalho da Unidade, centrados nos laboratórios temáticos e facilidades complementares.

Destacam-se na área de PD&I os alinhamentos estratégicos para o portfólio de projetos em andamento, e os novos desafios para matérias-primas de qualidade e de processos de transformação. Uma análise minuciosa da programação em andamento foi apresentada e discutida pelo Dr. Esdras Sundfeld (Chefe-adjunto de PD&I) e equipes técnicas, e uma visão de novas oportunidades de projetos visando sobretudo as áreas de processos de conversão e tecnologias de resíduos e coprodutos foi redesenhada pelas equipes de especialistas.

Baseado neste escopo, e focando a transição supervisionada de ações de “produção de biomassa” para “energia da biomassa”, o Dr. José Manuel Cabral de Sousa Dias (Chefe-Adjunto de Comunicação e Negócios) trabalhou com as equipes para evidenciar os indicadores de desempenho individual e coletivo para as atividades meio e fins da Unidade, enfatizando a relevância de cada uma delas no contexto de uma nova Unidade, que tem o “negócio” em processos de conversão.

A Chefe-Adjunta de Administração, Maria do Carmo de Morais Matias, trabalhou as questões de eficiência e integração, e demonstrou a importância da socialização de novos funcionários e a cultura Embrapa quanto ao tema, time e facilidades. Também realizou um balanço dos recursos financeiros utilizados no período 2007-2010 e apresentou, sob a ótica da Chefia, as perspectivas para 2011-2012.

Em síntese, foi significativo o balanço final da Convenção – uma figura programática de gestão complementar e que reúne outros mecanismos e veículos gerenciais da programação da Unidade, como projeto de pesquisa, sistema de monitoramento de acompanhamento e avaliação do desempenho individual – SAAD, sistema de avaliação da unidade – SAU, dentre outros.

Gerenciar uma instituição de pesquisa, que tem como foco inovações gerenciais e científicas, em um mercado pujante como o da Agroenergia, requer definição de processos qualificados e contínuas melhorias de processos de pessoas e de idéias, institucionais, e de recursos materiais, patrimoniais e financeiros.

Nesta forma de gestão supervisionada, a integração de bancadas de laboratórios com plantas-piloto, permite a maximização de eficiência de inúmeros talentos e competências, desenhados e recém-contratados especificamente para atender, doravante, a uma vigorosa programação de PD&I nas plataformas e vertentes já citadas.

(*) Frederico O. M. Durães é chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Brasília (DF).

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