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Defenda seu patrimônio: cautela com taxas na hora de investir em Tesouro Direto

Por Lélio Braga Calhau (*) | 01/08/2015 09:13

Uma das cautelas que deve ser adotada pelas pessoas quando investem é verificar o custo efetivo de determinados investimentos. A poupança, tão popular, tem uma série de vantagens por conta de sua simplicidade. Infelizmente, também, tem uma rentabilidade bem menor que o Tesouro Direto, onde você pode comprar diretamente do governo brasileiro títulos da dívida pública.

No mercado financeiro nem tudo que é fácil tem melhor retorno. Compare os empréstimos e as suas taxas. Os mais simples (cartão de crédito, cheque especial, etc.) são os mais caros. Para se pegar um empréstimo mais barato, é comum que o interessado tenha que se submeter a uma maratona burocrática, onde terá ao final, caso seja aprovado, uma linha de crédito muito mais barata do que os exemplos citados acima.

No Tesouro Direto há duas taxas: a primeira é cobrada pela BM&FBOVESPA, Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, e a segunda cobrada pela instituição financeira.

A taxa de custódia cobrada pela BM&FBOVESPA é de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos referente aos serviços de guarda desses papéis e às informações e movimentações dos saldos.

Já a segunda taxa (de administração) é o grande problema, a meu ver, pois ela é livremente estipulada pela instituição financeira. A diferença das taxas de administração entre as corretoras e bancos é gritante.

Algumas instituições não cobram nada de taxa de administração; outras cobram, por exemplo, 0,06%, 0,1%, 0,2%, 0,3%, 0,4%, 0,5% a até inacreditáveis 2% ao ano de taxa de administração. Há valores intermediários, mas apenas com os citados acima você pode constatar que a discrepância dos valores cobrados dos consumidores é extrema.
Olhe com atenção o “Ranking das Taxas cobradas pelos Agentes e informação sobre prazos de repasse dos recursos” no site do Tesouro Nacional e tire suas próprias conclusões.
Por fim, atente para a diferença entre as taxas de administração dos bancos públicos e das corretoras independentes e avalie, caso a caso, qual é a melhor opção para você. Defenda seu patrimônio e estude o assunto. Compensa (e muito)!

(*) Lélio Braga Calhau é promotor de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".

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