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Dez anos em cinco

Por Ricardo Ayache (*) | 26/04/2016 11:03

Iniciar novo mandato (2016-2019) à frente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) é um grande desafio que exige uma análise dos últimos cinco anos que estivemos na presidência da Caixa. Em meados de 2010, a Cassems já era uma empresa que crescia no sentido de verticalizar o atendimento aos seus beneficiários. Possuía cinco hospitais em sua Rede Própria: Aquidauana, Paranaíba, Dourados e Nova Andradina (prédio alugado), 12 Centros Odontológicos e três Centros de Diagnósticos, conduzidos por 686 colaboradores.

Como crescer e se desenvolver ainda mais diante do cenário da saúde brasileira?Nossomodelo de atendimento é caro e ineficiente(hospitalocêntrico), pouco preocupado com a promoção à saúde e incorpora acriticamente novas tecnologias. O número de médicos no interior do paísé insuficiente, a saúde está cada vez mais judicializada e regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Como como consequência temos a elevação assustadora dos custos assistenciais e sinistralidade paralisante.

Radicalizamos na transparência e profissionalização da gestão, buscando uma participação cada vez maior dos associados e das entidades sindicais. Assim, conseguimos formar um pensamento único que permitiu ousar mais, crescer mais, empreender mais e humanizar mais o nosso atendimento.

Criamos o primeiro Portal da Transparência de um plano de saúde brasileiro, a Universidade Corporativa eapós debate intenso, porém muito construtivo, reajustamos a contribuição mensal patronal e dos associados, em 2013. Criamos ainda as Centrais de Compras e de Atendimento 24 horas que racionalizaram os nossos custos e melhoraram o acesso à informação e ao atendimento.

Incrementamos a verticalização da nossa Rede Própria, assim, triplicamos a capacidade dohospital de Ponta Porã, modernizamos a unidade de Dourados e adquirimos o prédio do hospital de Nova Andradina. Implantamos os hospitais em Coxim, Naviraí e Três Lagoas. Dobramos o número de Centros de Diagnósticos e de Centros Odontológicos e também criamos mais três Centros Médicos, o programa Cassems Itinerante, que leva especialistas para o interior e em breve entregaremos o hospital de Campo Grande.

Diante do envelhecimento populacional e da necessidade de dar qualidade de vida aos anos que ganhamos, investimos muito na promoção à saúde, fortalecendo os programas de prevenção existentes e criamos de vários outros, como o programa de vacinação, o curso Casal Grávido e ainda o Ônibus da Saúde que previne o câncer feminino em todo o Estado. Mais do que investir em prevenção, nós passamos a cuidar da saúde, antes que a doença apareça, ao criar os 3 Centros de Prevenção.

Crescemos e passamos de 105.561 milhões do total de ativos, em 2010, para 266.968 milhões, em 2015. Nosso patrimônio social também obteve uma evolução significativa nesses cinco anos, passou de 44.141 milhões, em 2010, para 113.626, em 2015. Porém, mais importante do que construir dez anos em cinco é saber que fomos capazes de melhor a qualidade da saúde que oferecemos aos nossos 202 mil beneficiários, como comprova o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), que, em 2010, era de 0,49 e, em 2015, atingiu 0,7.

O que construímos nos orgulha muito, mas, mais que isso, nos impulsiona a romper com os desafios cada vez maiores para proporcionar qualidade de vida aos servidores públicos. Assim, cabe-nos prosseguir olhando para o futuro, na certeza que o construímos hoje.

(*) Ricardo Ayache é médico cardiologista e presidente da Cassems.

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