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Dia Mundial da Água, entre erosões e inundações

Por Semy Alves Ferraz (*) | 21/03/2013 08:03

As chuvas das semanas que antecedem o Dia Mundial da Água, que transcorre nesta sexta-feira, 22 de março, expõem a precariedade do sistema de drenagem da capital e a obsolescência da tecnologia empregada na execução das obras inauguradas nos últimos anos. Não há uma região de Campo Grande que tenha sido poupada dos dissabores da invasão de águas contaminadas ou de erosões em vias públicas, gerando transtornos e prejuízos de toda ordem, numa cidade de topografia amena e sem qualquer rio caudaloso que atravesse seu perímetro urbano.

Há uma sucessão de episódios bastante desagradáveis e que beiram tragédia explícita, diga-se de passagem, em que a vida e o patrimônio do contribuinte são ameaçados abruptamente, os quais têm merecido a máxima atenção do Prefeito Alcides Bernal e de toda a sua equipe. É óbvio que o trabalho emergencial, por si, não é suficiente: vamos enfrentar a causa real, isto é, a má qualidade das obras realizadas, sobretudo pela inobservância de procedimentos técnicos proporcionados pelo avanço tecnológico, além do uso de material inadequado, supõe-se pela ânsia de mostrar obras, a despeito dos vultosos recursos públicos disponibilizados.

O cenário de calamidade pública a que foi submetida a população da capital é fruto, aliás, do desrespeito flagrante de sucessivas administrações municipais a um direito elementar de todo cidadão, razão de ser de uma gestão pública efetivamente comprometida com a excelência dos serviços prestados ao público: a realização de obras de infraestrutura de qualidade e rigor técnico – e não de fachada, como as tantas que vêm desmoronando neste inusitado cenário que atenta contra o dia-a-dia do habitante campo-grandense.

Dispomos, na capital, de iniciativas de ponta que mereceram reconhecimento internacional por conta do vanguardismo tecnológico, como o Infosan – projeto de monitoramento da chuva e de níveis de córregos desenvolvido pelo professor Peter Cheung, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É hora de resgatarmos a vanguarda da capital em ações de governo que casem as inovações tecnológicas à qualidade das obras públicas, sempre a serviço do interesse exclusivo do cidadão, do contribuinte, do munícipe.

Em menos de 111 dias de gestão democrática, o Prefeito Alcides Bernal promoveu uma série de ações emergenciais e estratégicas para assegurar à população campo-grandense o direito inalienável de viver sem sobressaltos nem transtornos, decorrentes da falta de planejamento com foco nos verdadeiros interesses do cidadão. Mais que obras de fachada, a cidade precisa de um conjunto articulado de obras de infraestrutura que devolvam ao público a qualidade de vida usurpada nestes anos em que a prioridade foi a numeração das obras, e não a solução definitiva dos problemas que o afligem.

Tanto assim, em audiência com a Presidenta Dilma Roussef, em 1º de fevereiro último, o Prefeito Alcides Bernal solicitou investimentos em caráter de urgência para a execução de importantes obras de drenagem.

Que este Dia Mundial da Água seja um verdadeiro divisor de águas para a população de Campo Grande, que tornou a capital uma cidade próspera, moderna e progressista. Além da necessária e inadiável otimização dos recursos hídricos, é fundamental que sejam respeitados os recursos públicos, arrecadados por meio do sagrado trabalho do contribuinte.

(*) Semy Ferraz é engenheiro civil e secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação de Campo Grande.

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