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É preciso moralizar e passar a limpo a Reforma Agrária

Por Zé Teixeira (*) | 04/07/2011 11:06

A reforma agrária é definida como um sistema de divisão de terras, propriedades particulares adquiridas pelo Governo para serem redistribuídas às famílias carentes. Na teoria ela é perfeita: fixar o pequeno produtor no campo para que produza seu auto-sustento. Mas está longe do modelo empregado hoje em nosso país. O que vemos é uma distribuição injusta que não alcança seu verdadeiro objetivo.

É notório que no decorrer do processo pela luta da terra, haverá conflitos, contudo não pode ser confundido com embate violento, uso da força em desrespeito a vida e ao ser humano, conforme vem acontecendo em nosso Estado. No Brasil há uma distribuição desigual, e o que deveria beneficiar o trabalhador agrícola e o pequeno produtor, está se tornando em venda ilegal de terras.

Estima-se que apenas 30% dos assentados têm experiência obtendo êxito na sua produção. Outros 30% não tem conhecimento técnico para manusear o solo (plantar e colher) e não conseguem progredir. E 40% são pessoas mal intencionadas que aderem aos movimentos sociais, muitas vezes intermediados por lideranças, apenas para comercializar ilegalmente a terra.

A política de assentamento não é uma alternativa barata e chega a custar R$ 100 mil para assentar uma família. Essa terra acaba sendo comercializada por R$ 10 a R$ 30 mil. Está na hora de criar um novo modelo de reforma agrária, um modelo técnico e não ideológico, políticas públicas, planejamento e assistência especializada.

O primeiro passo seria mudar os critérios da escolha das pessoas que serão beneficiadas, selecionar melhor e dar preferência a pessoas que tem aptidão e que saibam cultivar. Está na hora de dar um basta neste problema, o Governo Federal precisa moralizar e passar a limpo a reforma agrária e só terá sucesso se estabelecer novos critérios.

(*) José Roberto Teixeira é agropecuarista e deputado estadual de MS.

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