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Em risco iminente, a única opção é salvar a vida das pessoas de bem

Por Cláudio Souza (*) | 13/09/2013 08:40

Nenhum policial militar sai de sua casa para o trabalho - ou para qualquer atividade social - com a intenção de matar uma pessoa. No entanto, mesmo de folga, é obrigado a agir em defesa dos cidadãos quando estão em perigo iminente. Na contramão de toda essa devoção a segurança pública, estão os oportunistas de plantão e algumas entidades e instituições que só defendem os bandidos que aterrorizam o povo.

Incrível é que os marginais que assaltavam a lotérica, em plena luz do dia e na frente de dezenas de pessoas, agindo com violência contra um funcionário, ainda encontrem proteção de pessoas que ocupam cargo público eletivo. Enquanto isso, o policial militar, que em defesa da sociedade agiu no “Estrito Cumprimento de Dever Legal”, não recebe por parte do representante o reconhecimento legal do Estado.

Na realidade, quem matou os marginais foi o Estado. Podemos elencar uma série de fatores que, de maneira direta, culminaram na morte desses bandidos: o aumento da população, da miséria, a falta de presídios, de políticas públicas para inserção dos jovens no mercado de trabalho e a falta de um ensino público de qualidade. Tudo isso é fruto da incompetência do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), incapazes de administrar o bem público e proporcionar oportunidades para a população.

Apesar da hipocrisia praticada por parte da imprensa e das comissões de direitos humanos, que só fazem massacrar nossos policiais nessa hora, a maioria da sociedade apoia a corporação. Principalmente quem mora longe do centro da cidade e não tem a mesma atenção do poder público, de quem vive nos bairros nobres.

A maioria da população apoia, mas por quê? Está cansada de violência e de ficar presa em casa, enquanto os bandidos seguem soltos nas ruas. Já as autoridades políticas andam escoltadas, moram em condomínios fechados, e pagam segurança particular para proteger suas famílias.

Não quero, em hipótese alguma, afirmar que ‘bandido bom é bandido morto’. A polícia busca sempre preservar a vida em primeiro lugar. Se não fosse isso, os presídios não estariam superlotados. Mas nesse caso, a bem da sociedade, ‘bandido bom foi bandido morto’. Porque as vidas das pessoas de bem foram preservadas e a justiça foi feita em nome do Estado.

(*) Cláudio Souza, vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul

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