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Evolução da solidão

Por Danilo Antonio dos Santos (*) | 04/03/2013 18:07

Nos dias atuais, estamos conhecendo um tipo novo de solidão, um sentimento novo até então nunca experimentado, o ser humano sente-se só mesmo com todo avanço tecnológico em pró da facilidade de conhecer e aproximar as pessoas.

Talvez as ferramentas criadas para aproximar sejam elas mesmas as vilãs julgadas por distanciar as pessoas, o fato é que atualmente se pode visitar varias pessoas sem precisar sair de dentro do quarto, ou de nossas salas, estamos nos privando do saudoso abraço amigo e afável ou do forte aperto de mão muitas vezes do vizinho da esquina. Vivemos uma era de criadores e pesquisadores de facilidades, os cientistas de hoje são os programadores e criadores de web sites e redes sociais, inventa-se cada vez mais e mais para esta caixa misteriosa, em todas elas diz-se aproximar o homem porém nada supera o contato físico, o qual experimentamos muito antes da criação de telefones ou outra qualquer ferramenta atual de contato social.

Diante desta caixa seja ela grande ou pequena larga ou comprida, muitos se sentem corajosos e falam oque vem no pensamento, se é certo ou errado não sabem ainda, porém ao deparar-se com o suposto contato da rede social, gera no ar um tipo de esquisitice vergonhosa o que agora estava aproximando está agora impondo uma barrera. O que pode talvez estar acontecendo é a sensação queimando dentro dele dando a ilusão de que está sendo ouvido ou visto tal qual um ator é numa fala eloquente durante uma cena esperada numa tela do cinema ou um jogador de futebol durante um lance que é visto e revisto durante semanas. Sentir-se popular.

Pobre do homem que descobre que ninguém o viu, ninguém ouviu oque disse por meio de uma linha escrita defendendo uma linha de raciocínio, uma ideia um pensamento, sente a implacável sensação de abandono as palavras podem ser das mais variadas e complexas frases. Há ainda aqueles que sentem medo de não ser aceita sua ideia que muitas vezes coloca frases de outras pessoas colocando no final o nome do autor se alguém não gostar a culpa não será dele.

Que as atividades entre as comunidades ou mesmo entre a família estavam sofrendo interferência por meio da tecnologia isso é inegável sejam festas ou mesmo o jantar na mesa, nem mesmo as amizades onde muitas vezes a relação chega ser mais amável e intensa foi polpada, as conversas na roda de tereré, ou do violão será terá a presença do celular e das cutucadas e curtições marcando presença. Onde foi parar a convivência e risos existe ainda porém a liberdade de expressão está sendo ameaçada já que não se fala oque se pensa na roda de amigos mas falasse na solidão do quarto vazio.

Antes acreditava-se que ficaríamos dependentes de maquinas de calcular, mas parece que estamos virando verdadeiros computadores ambulantes, e nossa principal necessidades é saciar o desejo não sentir-se só tendo acesso a milhares de pessoas, a maquina não para de evoluir oque o futuro nos reserva isso não sei, tomara fosse um novo chip para ser instalada na mais nova máquina em desenvolvimento, “o ser humano”.

(*) Danilo Antonio dos Santos é comerciante em Campo Grande.

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