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Física quântica e espiritualidade

Por Benedicto Ismael Camargo Dutra (*) | 27/12/2013 14:07

As condições de vida estão tendendo para uma situação de precariedade crescente, assim como também os relacionamentos humanos pois há pouco entendimento. Isso está nitidamente visível, só não percebe quem não quer ver. A humanidade ainda não compreendeu direito que Jesus veio à Terra para trazer a Luz da Verdade e a aurora da libertação espiritual para os seres humanos, que já naquela época em que ele viveu afundavam nas trevas, se afastando do espírito e das leis da vida.

A Mensagem da Luz da Verdade, concedida naquele momento, acabou sendo desfigurada, tendo restado muito pouco dela, pois deveria ter sido acolhida no espírito e não apenas no raciocínio. Os humanos de forma geral se afastaram da espiritualidade por desconhecerem o seu funcionamento, e com o raciocínio desprovido das capacitações do espírito, enveredaram pelo mundo perecível do materialismo, com seus pendores para conquistar e ordenar como se fossem pequenos reis.

O desconhecimento das Leis da Criação acarretou funestas consequências, pois a ignorância desses ensinamentos não inibe os seus efeitos, e na roda da vida cada começo terá de se unir ao seu fim, trazendo os resultados bons ou maus. Os estudiosos da física quântica estão agora percebendo isso, redescobrindo a espiritualidade como a fonte da vida, afirmando que a consciência não é matéria, e declaram como seu objetivo devolver a espiritualidade e a unidade ao nosso meio social e às instituições, possibilitando ações que beneficiem o todo e a todos.

A violência e a agressividade estão no ar, geradas por bilhões de pensamentos desprovidos de espiritualidade. Em muitas coisas, as condições de vida estão retrocedendo em vez de alcançar melhoras. Com aspereza, criamos as condições inóspitas do nosso mundo material. Examinando a nossa realidade, Amit Goswani, físico quântico que busca a conciliação da ciência com a consciência, percebeu o entorpecimento espiritual que se evidenciou a partir dos anos 1950, com a desestruturação dos melhores ideais cultivados pela humanidade até então. Com seu enrijecimento, os seres humanos deixaram de buscar significados, vivendo sem muitas alegrias, satisfazendo-se com o consumismo.

No entanto, o primeiro passo na libertação desse jugo deveria ser o restabelecimento da conexão de cada individuo com o próprio espírito que vivifica o seu corpo material, para dar à vida uma direção de melhora continuada. Por meio dessa reconexão, cada um estaria apto a transferir nas ações e no convívio, as capacitações do espírito, através da livre resolução e do pensamento racional.

Os estudiosos da física quântica já perceberam que os desejos e o querer exercem forte influência e atração da igual espécie. Eles entenderam ainda que os quereres anteriores nos colocam diante de uma fila de desejos em espera, os quais retêm a livre resolução. E mais: que se pensarmos de forma clara e benéfica, seremos beneficiadores do mundo; e que em tudo que doarmos e recebermos tem de prevalecer o equilíbrio. De fato, isso corresponde ao funcionamento das leis vivas que mantém a Criação – lei da atração da igual espécie, da gravidade, da reciprocidade, do movimento e do equilíbrio.

O ser humano recebeu tudo, não lhe cabendo fazer exigência alguma, mas pedir com humildade. Na Mensagem do Graal, o escritor alemão Abdruschin explica que o “Pedi e vos será dado!”, indica a faculdade do espírito que o induz sempre, sob um determinado impulso, a querer ou desejar algo, que depois em sua irradiação atrai imediatamente a igual espécie, na qual lhe é dado automaticamente o desejado.

A Mensagem do Graal explica a Criação de forma simples, com fatos. O ser humano tem de por em funcionamento as faculdades de seu espírito. E, com o emprego acertado dessas faculdades, movimentar-se nas leis de Deus de maneira a adaptar-se à Criação e progredir dentro dela com o saber. Então, só terá de agradecer conscientemente por ter recebido o dom da vida e tantas graças.

(*) Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros “ Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, e “2012...e depois?”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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