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Golpe? O movimento pelo impeachment da presidente

Por Pedro Pedrossian Filho (*) | 12/02/2015 08:06

Na última pesquisa divulgada pelo Datafolha, a recém reeleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff, aparece com a maior rejeição registradana história entre os ex-presidentes do país, onde apenas 23% dos brasileiros aprovam o seu governo.

O escândalo da operação Lava-jato, que a cada dia surpreende com novas e contundentes denúncias; as prisões de grandes figurões dos altos quadros de executivos de empreiteiras que possuemobscuroslaços com o governo, vem balançando e sacudindoa credulidade até daquelas almas mais pueris e incautas da sociedade. Somado a todo o envolvimento do PT com o maior esquema de corrupção já denunciado no país, as medidas nada populares pós-eleitorais do governo Dilma, fez com que a população repensasse o seu voto.

O aumento da gasolina-que reflete no preço de uma infinidade de produtos e serviços-, o aumento em até 40% na tarifa de energia elétrica, a crise hídrica e energética estão entre as medidas tomadas pelo governo que estão assombrando e decepcionando os eleitores e militantes do PT. Entretanto, nada parece alimentar mais o sentimentode revoltados eleitores do PT do que a traição sofridacomas mudanças nos direitos trabalhistas que o Partido dos Trabalhadores está realizando.

Renomados analistas financeiros, já afirmam que o país entrará numa profunda recessão econômica. Com as altas taxas dos juros, com o descontrole da inflação e consequentebaixo ou nenhum crescimento econômico, já vislubram, o efeito colateral dessa dura fórmula, fruto da negligência macroeconômica, de anos de um governo: a falência das empresas e demissões em massa.

A sensação que permeia o povo brasileiro é o de traição, de infidelidade e de emboscada, e inclusive denominado por muitos de estelionato eleitoral.

Todo este cenário, traz à tona uma constatação do ponto de vista histórico: todas as vezes em que o eleitor brasileiro se sentiu enganado, veio a punição.

A lição dada ao ex-presidente José Sarney em 1986-após as eleições estaduais- depois da desvalorização do cruzado;à Fernando Collor de Mello, quandonão cumpriu com suas promessas de campanha e foi duramente punido; à Fernando Henrique Cardoso, após sua reeleição e a seguida desvalorização do Real, fez com que sua popularidade caísse e não mais pudesse fazer seu sucessor.

O eleitor pode até ser manipulado, seduzido, mas a história nos mostra, que ele também sabe retaliar. Nessa obscura conjuntura, não faltam vozes para insuflar o pedido de Impeachment, avalizado legalmente por um dos maiores e mais respeitados juristas do Brasil, o Dr. Ives Gandra, doutor em direito constitucional.

Do outro lado restou apenas o último argumento elaborado pelo "mago" do Markenting, João Santana: o de golpismo. Essa velha e repetitiva história não possui nada de persuasivo e há muito, lugar comum para convencer. E você, leitor-eleitor como enxergaesse argumento? Golpismo ou cinismo?

(*) Pedro Pedrossian Filho, graduado em Filosofia e ex-deputado federal

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