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Governança corporativa

Por Heitor Freire (*) | 20/01/2014 13:25

Está crescendo gradativamente, em diversos setores, um sistema de administração que deu seus primeiros passos nas duas últimas décadas do século XX e que está a merecer uma atenção cada vez maior de administradores de todo tipo de empresa: a governança corporativa.

E o que é a governança corporativa? É uma evolução do mundo empresarial contemporâneo que abre as portas para uma importante frente acadêmica e para o fortalecimento da economia nacional, e que atualmente, no seu desenvolvimento está, também, abrangendo um projeto de desenvolvimento sustentável, trilhando, numa leitura interdisciplinar, sob o prisma da teoria política, como uma das manifestações da democracia participativa.

É essencial para o estabelecimento de uma política de credibilidade e eficiência num caminho prospectivo na busca de uma imagem positiva no mundo dos negócios empresariais. Tem o foco na melhoria da qualidade de vida das pessoas, na perspectiva da geração de emprego e renda, apoio à educação, saúde e cultura e no avanço de uma agenda igualitária privilegiando a instituição da liberdade.

Busca a solidariedade social como campo de exercício de uma pedagogia para o civismo, com base na ética, na responsabilidade, no compromisso. Apresenta-se como um dos mais novos e importantes pilares da arquitetura econômica global e um dos instrumentos determinantes da sustentabilidade das empresas. É o ovo de Colombo das empresas. Não há mais como desconhecer essa nova ciência da administração moderna e que busca incessantemente o aprimoramento das relações de trabalho, valorizando o trabalhador, dando-lhe melhores condições de exercício de sua atividade.

Estes conceitos estão muito bem apresentados no livro Governança Corporativa e Direito Ambiental de autoria de Roberto Tadeu Bombassaro (Ed. Conceito, 2010)

Já existe no Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBCG e que define o sistema como: “Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e o conselho fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade”.

Parece que essa moderna política de administração se baseou no conselho que o sacerdote Jetro, sogro de Moisés, deu a ele, quando este se viu procurado de dia e de noite pelo povo judeu impedindo que ele como líder maior fizesse o seu trabalho: “Escolha entre o povo homens capazes e tementes a Deus, que sejam seguros e inimigos do suborno: estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles administrarão regularmente a justiça para o povo: os assuntos graves eles trarão a você; os assuntos simples, eles próprios resolverão. Desse modo vocês repartirão a tarefa e você poderá realizar a sua parte” (Êx. cap. 18 vv. 21 e 22).

Este mesmo princípio está sendo adotado também, na administração da Associação Beneficente de Campo Grande, proprietária da Santa Casa, pelo seu presidente, arquiteto Wilson Teslenco: A administração da Santa Casa é composta por 21 associados que, agora, sem prejuízo de suas funções estatutárias, serão divididos em comitês de três, criando assim sete comitês e que irão se associar às 15 gerências que compõem o conjunto que faz a Santa Casa andar, buscando uma melhor performance administrativa.

Como deu certo lá atrás, com certeza, dará certo agora também.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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