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Histórias de equipes de vendas II

Heitor Freire* | 04/12/2011 14:32

Na minha atividade profissional, sempre fiz amizade com os meus colegas. Criávamos sempre uma interação que transcendia o ambiente de trabalho. Tive companheiros que me deixaram marcas indeléveis, como, por exemplo, Armando Ramos Mendes, Raiman Félix, Aloysio Franco de Oliveira, Darlan Leite Soares. Com estes trabalhei também na Skhema Comercial e Construtora de propriedade de Salim Felício um dos maiores empresários com quem atuei – simples, humilde, sério, criativo. Na Skhema, em 1973, início de dezembro, fizemos o lançamento do edifício 26 de Agosto, construído no local onde existia a primeira casa de Campo Grande, feita de barro batido. O edifício lançado era de conjuntos de escritórios. A nossa equipe foi tão eficiente, que, apesar de ser em dezembro, em vinte dias vendemos mais de 70% dos conjuntos.

Destes colegas, o Aloysio – que também é advogado –, foi depois nomeado pelo governador Garcia Neto delegado de polícia em nossa cidade, iniciando daí uma carreira vitoriosa, galgando os mais importantes cargos na estrutura da Secretaria de Segurança. O Armando, após uma carreira brilhante em nossa cidade com diversos lançamentos imobiliários em seu portfólio de vencedor, mudou-se para Cuiabá, residindo hoje em um condomínio, na Chapada dos Guimarães. O Raiman, aposentado, vive hoje sob os cuidados e o carinho de sua filha Mara. O Darlan já foi mencionado em artigos anteriores.

Em março de 1983, após um período como Coordenador Geral de Comunicação do governo Pedro Pedrossian, cujo mandato chegara ao fim, voltei-me para uma atividade comercial que estava até sendo então gerenciada pela minha mulher Rosaria juntamente com a Antonina, mulher do Oswaldo Rosa. A sociedade contava também com o dr. Marcos Marinho: tínhamos a Komida, que vendia comida congelada procedente de Sorocaba, onde buscávamos o produto. Naquela época era uma nova maneira de conservar os alimentos. O produto era de excelente qualidade. Mas não conseguimos continuar com o comércio por falta de capital de giro e de publicidade.

Estava eu com a Rosaria, uma tarde, na Komida, quando me cai do céu, Methódio de Arruda Filho – na ocasião proprietário da Nova Cap Imobiliária, empresa de grande destaque no setor imobiliário – acompanhado do corretor de imóveis, Marcos Araújo da Silva – que foi quem criou a Novacap –, convidando-me para assumir a gerência da empresa. Eu estava praticamente sem perspectivas. Foi uma oportunidade de ouro. Aproveito este espaço para manifestar publicamente ao Methódio a minha gratidão eterna pelo seu convite – que algumas vezes já fiz pessoalmente – pois me possibilitou uma virada em minha vida financeira e profissional.

A Nova Cap foi criada pelo Marcos Araújo, logo que foi anunciado o novo estado de Mato Grosso do Sul. O Marcos sempre foi muito criativo. O nome decorreu do novo status da nossa cidade. Ele saiu na frente. A empresa logo se destacou e assumiu posição de liderança. O Marcos ganhou tanto dinheiro que, uma vez quando fomos ao Rio de Janeiro em 1980 para participar de um congresso, mesmo ele tendo viajado para lá num Ford Galaxy – carro de luxo da época – chegando à cidade ele resolveu comprar outro carro. E o fez à vista.

Mais tarde, vendeu a Nova Cap ao Methódio. Foi quando eles me procuraram. Encontrei na empresa uma equipe muito qualificada. Ali estavam como corretores de imóveis, colegas que logo depois viraram empresários de porte no mercado imobiliário. Tive a honra de presidir uma equipe constituída pelo Levi Ratier (Lenan Imobiliária), Celso Camposan (Época Imóveis), Darci Trindade (Paiaguás Imóveis) precocemente falecido, Eli Rodrigues e o próprio Marcos que depois criou a Rural City.

Ali convivi também com outros colegas campeões de vendas como, por exemplo, o Valdeci Moura Nóbrega – que tinha uma clientela de alto coturno –, Joilson Barata e o Evandro, baiano de boa cepa, grande figura, além do Sérgio Rodrigues.

A Nova Cap foi a empresa que lançou, por exemplo, o Carandá Bosque, o edifício Solar do Pantanal, entre tantos empreendimentos de vulto em nossa capital.

Esta equipe de vendas também permanece nas minhas lembranças e no meu coração.

() Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

(Republicado por incorreção na publicação do dia 2/12)*

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