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Imaculada Conceição

Por padre Toninho (*) | 07/12/2015 14:00

Quando no dia 25 de março de 1858, a “Senhora” que aparecia a Bernadette Soubirous lhe disse: “Eu sou a Imaculada Conceição”, a jovem vidente de Lourdes não entendeu o sentido daquelas palavras.
O dogma da Imaculada Conceição tinha sido definido havia pouco tempo, em 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX. Trata-se de afirmar que Maria foi preservada de toda a mancha de pecado desde o primeiro instante da sua existência.

A Igreja sempre afirmou a santidade sem igual da Virgem, a “cheia de graça”, que o Altíssimo cobriu com a Sua sombra. Ela, perfeita “escrava do Senhor”, irrepreensível na sua fidelidade à Palavra de Deus, é “bendita entre as mulheres”. Tais expressões explícitas contidas no Evangelho de São Lucas (Lc 1,28-42) constituem a base da veneração com a qual a fé cristã rodeou Maria, a Santíssima Mãe de Deus.

Três calendários litúrgicos do século IX mencionam na Irlanda uma festa da “Conceição de Maria”, no dia 2 ou 3 de maio. O seu conteúdo é incerto, por falta de textos litúrgicos. No século XII, os mosteiros beneditinos da Inglaterra celebravam-na em 8 de dezembro. De lá passou para a França, primeiro na Normandia, depois em Lião, e, mais tarde, para a Bélgica, Espanha e Portugal, Itália e alguns mosteiros da Alemanha.

Mas teólogos de primeiro plano, como Santo Agostinho (354-430) e São Tomás (1228-1274), mostravam-se reticentes. O próprio São Bernardo (1091-1153), apesar da sua grande devoção mariana, criticou a legitimidade da festa instaurada: “Como se pode conciliar esse privilégio com a inegável necessidade que todos os humanos têm da redenção realizada por Cristo?” Roma esforçava-se por acalmar as controvérsias, mas sem tomar partido. No entanto, o Papa Alexandre VII (1655-1667) comprometeu-se mais claramente quando, em 8 de dezembro de 1661, publicou a Bula pontifícia que declarava Maria Imaculada desde a sua concepção, “em virtude dos méritos de Jesus Cristo, seu Filho, Redentor do gênero humano”.

Ao celebrar a Imaculada Conceição de Maria, a Igreja dá graças a Deus, cujo poder redentor não tem limites.

Oração: Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Amém!

(*) Padre Toninho, como é conhecido Padre Antonio Justino Filho, é membro da Comunidade Canção Nova

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