ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Artigos

Intercâmbio na Irlanda: governo anuncia novas regras

Por Maurício Marques (*) | 30/05/2015 10:05

Depois de muitos boatos e especulações, o Governo irlandês finalmente confirmou as mudanças de visto para alunos não europeus. Agora, estudantes que farão intercâmbio no país terão visto de permanência reduzido de um ano para oito meses. A mudança valerá a partir do dia 1º de outubro. Até lá, os alunos já que já estão no país, e que tirarem o visto até a data se enquadram na antiga regra.

Antes das alterações, os alunos tinham o visto de permanência de um ano, sendo 25 semanas para cursar o inglês e 25 semanas de férias. No período de aulas, eles podiam trabalhar 20 horas, enquanto que durante as férias, a permissão era para 40 horas de trabalho semanais. Porém, esse período de folga deveria coincidir com o verão europeu que acontece de maio a agosto acrescidos do recesso de fim de ano, de 15 de dezembro a 15 de janeiro. Fora isso, o estudante só poderia trabalhar 20 horas semanais.

Agora, as regras para o período de trabalho continuam as mesmas: 20 horas semanais durante as aulas e 40 horas semanais durante as férias. A diferença é que os alunos que se matriculam em um curso de 25 semanas, só podem ficar mais oito semanas de férias no país, em vez das 25 anteriores. O que dá um total de oito meses de permanência.

Já os estudantes de graduação e pós-graduação continuam com a permissão de visto para 12 meses.
As mudanças começaram a acontecer no final do ano passado devido ao grande aumento de escolas de inglês no país. Com a grande procura dos estudantes, o número de escolas também aumentou, mas a qualidade nem sempre era alta. Assim, só no ano passado, cerca de 10 escolas foram fechadas e mais de 3000 alunos prejudicados.

Com o intuito de evitar problemas aos alunos, o governo irlandês aumentou as exigências e a fiscalização. Para funcionar, as escolas precisarão ter o selo Acels, que comprova um nível de qualidade emitido pelo QQI e estar inseridas em um programa de Learner Protection, que é uma comprovação de que o aluno será realocado caso ocorra qualquer problema com o colégio em que está matriculado.

As mudanças podem assustar, mas serão positivas. Com regras mais rígidas, as escolas terão que manter um alto padrão de qualidade e os alunos ganharão tanto na qualidade de ensino quanto na tranquilidade de viajar sem riscos de ter essa fase tão importante prejudicada.

(*) Maurício Marques é diretor comercial da Global Study, franquia de intercâmbios.

Nos siga no Google Notícias