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Invasão a residências e comércios: como lidar com falhas da segurança pública

Por Marcos Guilherme D. Cunha (*) | 15/05/2016 11:47

Temas relacionados com a violência sempre estão nos holofotes. Somos bombardeados com notícias relacionadas a problemas de falta de segurança que resultam em roubos, assaltos e, em alguns casos, até em mortes. Não importa onde: empresas, comércios, apartamentos e casas são alvos destes criminosos. A sensação de insegurança atinge praticamente todos os cidadãos do país. E a sensação é justificada quando olhamos as estatísticas relacionadas à criminalidade.

Para termos uma ideia da dimensão do problema, o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referente ao ano de 2014, divulgado ano passado, mostra que, nas 27 capitais do país, houve quase 16 mil mortes decorrentes de crimes violentos intencionais como homicídios dolosos, lesões seguidas de morte e latrocínios. Isso representa uma vítima a cada 30 minutos.

Um dos tipos mais comuns de violência está relacionado a invasões a residências e comércios, um tipo de crime que só cresce. De acordo com o 49º Distrito Policial de São Mateus, em São Paulo, por exemplo, foram registradas 277 ocorrências de roubos e furtos a casas e condomínios, entre janeiro e outubro de 2015. No Morumbi, também em São Paulo, a polícia apontou 209 casos. Ainda segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a capital paulista registrou 2.645 furtos e 649 roubos a residências entre janeiro e outubro do ano passado. Isso representa uma média de 11 casos de invasão de residência por criminosos a cada dia.

Sim, vivemos uma guerra interna, uma guerra velada, que assusta a todos. No Estado do Rio de Janeiro não é diferente. Houve crescimento de 16% no número de roubos de novembro de 2014 para novembro de 2015. Foram 97 casos em 2014, contra 113 no ano passado. No Distrito Federal a alta foi de 15% entre fevereiro e novembro de 2015, em comparação com 2014. Foram 466 ocorrências no ano passado, contra 536 neste ano, segundo dados do Balanço da Criminalidade no DF.

Não são apenas as residências que estão no foco dessas ações. Os comércios também estão na rota destes meliantes. Toda essa violência parece se acentuar em alguns períodos do ano, como festas, feriados prolongados ou férias. Isso porque nestes períodos de longa ausência dos residentes é maior, mas isso não é exclusividade de períodos em que todos estão fora. Às vezes, deixar a casa vazia por alguns dias, já é um bastante para que os bandidos não se inibirem e partirem para a ação.

Evitar que sua residência ou comércio sejam alvos destas ações é quase impossível, porém você pode diminuir as probabilidades. Como? Tomando algumas atitudes de segurança. Por exemplo: é preciso ficar atento ao horário de chegada e saída da residência. Os horários preferidos dos criminosos são de manhã, entre 7h e 9h, e a noite, entre 18h e 20h. Nestes horários, a atenção deve ser redobrada. Sempre é bom variar o caminho ao voltar para casa. Outra dica é verificar a presença de estranhos antes de abrir o portão. Em geral, os bandidos estudam o local antes de cometerem o delito. Se você perceber algo estranho, o ideal é alertar a policia. Para o comércio, as dicas são as mesmas.

A contratação de uma segurança patrimonial também é uma opção. Quando realizada por profissionais gabaritados, pode minimizar esse fator risco a quase zero. Hoje, é possível encontrar uma gama de serviços de segurança, vigilância 24 horas por dia, alarmes monitorados, serviços de ronda, entre outros. Opções que servem tanto para comércios como apartamentos e casas.

Contudo, a contratação de uma escolta armada deve ser feita de forma estratégica, caso contrário pode se tornar um problema maior. Por isso que na Transvip Brasil temos como metodologia contratar apenas ex-militares. Além disso, toda a nossa equipe recebe um treinamento que exige disciplina por parte do vigilante. Assim fica mais fácil garantir a segurança do cliente.

Infelizmente, o que era responsabilidade do governo - garantir a proteção e segurança dos cidadãos - tornou-se uma necessidade para cada um de nós. Temos que fazê-lo. Caso contrário, pagaremos essa conta e ela pode sair bem cara.

(*) Marcos Guilherme D. Cunha é diretor-geral de transportadora de valores e cargas especiais.

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