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Por Heitor Freire (*) | 16/05/2012 13:57

O Correio do Estado recentemente criou um novo espaço no Correio B, sob a editoria da Cristina Medeiros, em que se abordam temas variados, proporcionando a nós, articulistas e ao público leitor, uma nova oportunidade para expor nossos pensamentos, experiências e compartilhar pontos de vista lastreados na vivência pessoal de cada um.

Uma das coisas mais interessantes da vida é observar como o tempo, depois de uma certa idade, transcorre aparentemente mais rápido de modo a não nos darmos conta de seu transcurso. Já estamos no começo de abril, ¼ do ano já passou e muitos de nós ainda não perceberam isso.

Por que o tempo acelera? Alguém já afirmou que o cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Isso acontece porque a noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Quando temos consciência disso ocorre certo desapontamento, pois não sabemos como agir para mudar esse estado de coisas. Para não deixar fluir o tempo de forma imperceptível, devemos sempre estar presentes.

Quanto à noção de espaço, uma das técnicas interessantes e que está ao alcance de todos é, por exemplo, começar a usar a mão não dominante, manusear o mouse com a mão esquerda, tomar banho de olhos fechados – o problema é quando o sabonete escorrega. Há pouco mais de um ano que eu tenho usado o mouse do lado esquerdo. As pessoas me perguntam se sou canhoto. Quanto ao banho ele se torna mais íntimo e aconchegante. Quando o sabonete cai, eu procuro encontrá-lo com os pés, de maneira a evitar que ele escorregue de novo, segurando-o de leve e me abaixando devagar para alcançá-lo.

Outro exercício que eu pratico há muitos, muitos anos é um que aprendi num curso de controle da mente, ministrado pelo professor Roberto Fauri: o Método Silva. Dentre as práticas ensinadas, a que eu sempre exercito é uma destinada a ativar a memória, que eu uso para não me esquecer de certas coisas. Juntam-se as pontas dos dedos polegar, indicador e médio, formando uma convergência e que, segundo o método, ativa os neurônios da memória. O que posso afirmar é que raramente me esqueço de algo.

Outra atividade que comecei há pouco é a de usar a mão esquerda nos dias ímpares e a mão direita nos dias pares. Além de me deixar em estado de alerta, que me faz estar presente, é um exercício interessante. A questão é exatamente essa: estar presente. E para isso a mudança de hábitos é um bom ponto de partida.

(*)Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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