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Ninguém dá o que não tem

Por Ana Carolina Monteiro (*) | 20/07/2016 11:30

No dia 04 de agosto, a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) fará consulta pública para escolha dos nomes que ocuparão os cargos de Reitor e Vice-Reitor pelos próximos quatro anos. Trata-se de uma consulta que não elege, mas, apenas indica os nomes mais votados pela comunidade acadêmica para serem inseridos em uma lista tríplice. Esta passará por uma eleição entre os membros do Colégio Eleitoral e, posteriormente, será encaminhada para a apreciação do Presidente da República. A previsão é de que em novembro já possamos saber quem será o novo reitor.

Nesta consulta pública, os pesos dos votos são diferentes e são motivo de muita discussão entre servidores e alunos, uma vez que todos fazem parte da instituição e suas exigências e necessidades são igualmente importantes. Estamos em plena campanha e duas chapas disputam os corações e as mentes de todos que fazem da UFMS uma instituição essencial para o desenvolvimento socioeconômico e político de nosso Estado, da região Centro-Oeste, do Brasil e do mundo.

Partindo do princípio de que a UFMS é uma instituição multicampi, autônoma administrativa e financeiramente, que produz ensino, pesquisa e extensão junto com um corpo docente, com alunos e técnicos-administrativos, podemos considerar que os desafios são inúmeros e diversos, assim como devem ser as soluções e as propostas danova gestão.

Hoje sou servidora técnico-administrativa, mas já fui aluna da graduação e da pós-graduação, assim como professora substituta. Vivo a UFMS desde meus 17 anos, quando ingressei no Curso de Comunicação Social – Jornalismo, em 1997. Lá se vão quase 20 anos! Neste período, a Universidade fez parte do REUNI, programa federal de apoio, reestruturação e expansão do ensino superior brasileiro, cresceu em número de cursos e de alunos, mas não tanto de docentes e de técnicos-administrativos.

Extinguiu alguns setores, criou outros. Enfrentou crises internas e externas. Foi taxada de sucateada, mas se mantém firme no propósito responsável de formar milhares de cidadãos, de todos os cantos do país e até de outros países,de oferecer capital humano capaz de transformar e melhorar a sociedade.

Neste momento de escolha dentro de nossa Universidade, parei para pensar em quão vital é para todos nós, que formamos a Comunidade UFMS, uma gestão com postura holística e humanística diante da complexa realidade da Universidade. Precisamos de líderes que tracem estratégias coerentes e diretrizes que contemplem todos os setores e públicos da Instituição. Precisamos de nomes com experiência administrativa e que sejam docentes há muito tempo, pois é um fator de decisão importante para os que irão às urnas. Assim como foi para mim e me fez decidir por apoiar a Chapa “Juntos Somos UFMS”, do professor Marcelo Turine, para reitor e da professora Camila Ítavo, para vice-reitora.

Acredito na expressão em latim, - Nemo dat quo non habet, ou seja, “ninguém dá o que não tem”. O filósofo brasileiro Mario Sérgio Cortella explica que “o sentido da frase é mais profundo. Uma pessoa que não tem lisura, que não tem decência, que não tem honestidade como convicção interna, não pode oferecê-la. Perde autenticidade. Praticar o que se ensina, isto é, evitar dizer uma coisa e fazer outra, é uma conduta ética que queremos o tempo todo, em todos os lugares”.

Prof. Turine e prof.ª Camila têm mostrado em suas andanças pela UFMS que são possuidores exatamente do que precisamos, experiência, liderança, capacidade de diálogo, além de estarem cercados por uma Equipe engajada, motivada, unida, respeitosa, humana, responsável, cheia de ideias e projetos novos, de olho no futuro, nas parcerias, nos investimentos, e na excelência, com gente de todas as idades,com todo tipo de contribuição. Têm consciência de que somente juntos superaremosos atuais e os próximos desafios.

A proposta da Chapa não coaduna com o “continuísmo” e vai além da mudança. Ela quer transformar a UFMS em “um bom lugar para se estudar, trabalhar e conviver”. Propõe novos tempos. Tempos melhores. Os candidatos têm promovido um ideal comprometido com a missão da Universidade, têm estimulado o sentimento de pertencimento à UFMS e o empoderamento dos nossos alunos. São dinâmicos, inovadores e criativos. Defendem a governança e a otimização do serviço público, a modernização de setores, fluxos e processos e a ampliação do quadro de servidores. São conscientes de que a UFMS não pode parar de crescer, e nem sequer pode se dar o luxo de reduzir seu ritmo de crescimento. Isso é muito ruim. Por isso incentivam a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico da UFMS e de Mato Grosso do Sul, a ousadia, a coerência e um planejamento estratégico factível.

Para este momento, só tenho a desejar que, quando eleitos, os candidatos sejam autênticos, éticos, engajados, responsáveis, conscientes e fiéis ao discurso que têm proferido, aos princípios da administração pública, ao Regimento e ao Estatuto da UFMS,e aos seus próprios princípios. Porque é tempo de escolha, de representar e ser representado, de falar e ouvir. Tempo de ter esperança e de ser combatente. Tempo de lutar por um ideal que objetiva nada menos do que o melhor para todos nós! Afinal, “Somos UFMS e juntos somos maiores”!

(*) Ana Carolina Monteiro é servidora Técnico-Administrativa em Educação na UFMS, mestre em Comunicação

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