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O amor líquido e a negociação

Por Rosineia Oliveira dos Santos (*) | 24/12/2013 09:19

Inicio o artigo relendo o que Fernando Pessoa descreveu: “Os empregados pensam que serão felizes, se conseguirem um emprego. Os enfermos pensam que serão felizes, se conseguirem saúde. Mas não pensam que no mundo existem pessoas que, embora tendo emprego e saúde, vivem infelizes”.

Gerar terreno fértil para as emoções, não é fácil, pode-se treinar usando palavras que têm conotação positiva e persuasiva, estes termos geralmente formam imagens da mente do ser humano, o recomendável é exercitar para que no momento da negociação as conclusões apareçam de forma simples para todos.

Para criar fortes relacionamentos, sejam eles no trabalho ou na vida pessoal, é preciso obter bons resultados em um acordo, deve-se analisar o todo e não cada um, individualmente.

Neste sentido, uma parábola exemplifica “O praticante católico tira o chapéu em sinal de respeito e humildade quando entra em uma Igreja. Com o mesmo objetivo, o judeu coloca o Kipá quando entra em uma Sinagoga. Para o católico, colocar o chapéu dentro do templo tem um significado diferente do que para o judeu e vice-versa”.

Na sociedade atual os conflitos surgem por três razões: competição entre as pessoas; divergências de quem se quer atingir em ambas as partes ou pela tentativa de autonomia ou de libertação de uma pessoa em relação a outra. Bauman, sociólogo polonês, descreve que nosso mundo é de constante “individualização”, oscila entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro.

Mas a estrada foi longa, até que essas evidências vividas abrissem um caminho no modo de pensar e agir das pessoas. Talvez essa própria ideia de relacionamento contribua para essa confusão.

O amor - líquido é o fascínio recíproco entre as pessoas por aquilo que nelas tem de menos dizível, de menos socializável; de refratário aos papéis e imagens delas mesmas que a sociedade lhes impõe; aos pertencimentos culturais.

Concluo com a notável frase “Quando tudo tiver sido dito, tudo ainda ficará por dizer, sempre restará tudo a dizer”.

Pense!

(*) Rosineia Oliveira dos Santos é professora e especialista em psicologia organizacional.

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