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O evangelho da exploração

Por Waleska Mendoza (*) | 19/07/2013 21:21

O grande Legislador do Sinai, Jesus Cristo, disse: “dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” Lucas 20:25.

Os ardilosos judeus muitas vezes planejavam meticulosamente ciladas para Jesus, a fim de denunciá-lO às autoridades romanas como subversivo à ordem e ao bem estar do povo.

Certa ocasião Jesus respondeu, claramente, que os homens têm deveres a cumprir nos âmbitos terreno e espiritual, no reino dos homens e no reino de Deus, assim, é dever dos homens pagar os impostos aos poderes terrenos legitimamente constituídos a fim de mantê-los, e o dever destes é usar os recursos auferidos em benefício dos contribuintes e não para enriquecimento das autoridades.

Igualmente na esfera espiritual, tem os homens um dever a cumprir: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes” Malaquias 3:10. Os dízimos e as ofertas são destinadas à manutenção de todos os que estão fielmente cumprindo a comissão do Mestre: “Ide e pregai o evangelho”, cuidando de fato das ovelhas.

O apóstolo Paulo escreveu: “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” 1 Coríntios 9:13-14, e aqui inclui ministros ordenados ou não, homens e mulheres.

Porém, muitos guias religiosos interpretam mal as Escrituras Sagradas a fim de favorecerem uns e defraudarem outros irmãos humildes, em vez de servos tornam-se senhores das ovelhas-contribuintes, e o montante dos dízimos não é distribuído com justiça a todos os que fielmente estão ministrando na Palavra, na doutrina, e obrando na limpeza das igrejas.

Assim defraudam os seus próprios irmãos da fé, e o evangelho da exploração toma lugar do evangelho eterno, usando a ordem divina: “trazei todos os dízimos à casa do tesouro” à captação de dinheiro, para depois centralizar egoisticamente os recursos nas mãos de poucos.

O Senhor Jesus, quando esteve na Terra, fez duas “faxinas” no Seu templo, expulsando os cambiadores ou comerciantes dizendo-lhes: “Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” Mateus 21:13

A história se repete hoje em muitas igrejas, líderes de congregações pequenas enviam os dízimos devolvidos pelos membros locais à igreja central, e não recebem a justa remuneração pelo seu “cuidado ministrado às ovelhas do seu aprisco”, e precisam trabalhar em outro ramo para sustentar a sua família, pois os ministros ordenados entendem ser justo se apoderar da totalidade das receitas.

Tudo isso é contrário à ordem de Deus, o egoísmo não se coaduna com o genuíno cristianismo. A norma divina, pela qual todos nós seremos julgados é: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” Mateus 7:12

E na sua igreja, como é feita a distribuição das receitas? A justiça é usada para remunerar todos os que fielmente prestam seus dedicados serviços à obra do evangelho?

(*) Waleska Mendoza é servidora pública federal.

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