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O partido social democrático, nº 55

Por José Tibiriçá Martins Ferreira (*) | 26/03/2012 13:40

Nesta segunda-feira, dia 26, a partir das 9 horas, o Partido Social Democrático - PSD realiza em Goiânia um Seminário que vai reunir os filiados, além das principais lideranças para apresentação de seus princípios, valores e ferramentas que serão disponibilizadas na internet para todos os seus militantes e simpatizantes.

A mídia tem colaborado muito para noticiar os eventos que estão acontecendo no Brasil afora, visto que o PSD, partido cujo retorno foi autorizado pelo TSE em decisão em 27/09/2011, já existia a partir de 17 de julho de 1945, extinto pela ditadura militar através do Ato Institucional número dois, AI-2, em 27 de outubro de 1965. “Foi formado sob os auspícios de Getúlio Vargas, de caráter liberal-conservador e com o Partido Trabalhista Brasileiro teve um papel muito importante de 1945 a 1964, formando o bloco em oposição à União Democrática Nacional- UDN, que sempre foi um partido antigetulista.

Outrora foi o partido que teve a maior bancada na Câmara dos Deputados, elegeu dois presidentes da República como o cuiabano Eurico Gaspar Dutra em 1945 e o mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira em 1955 e no breve período que esteve na experiência parlamentarista o PSD teve como primeiro ministro de sua legenda, o mineiro Tancredo Neves.

Após a extinção do PSD, seus membros se dividiram, uns foram para o Movimento Democrático Brasileiro - MDB, único partido de oposição à ditadura permitido após a instituição do bipartidarismo com o AI-2. Outros ingressaram na Aliança Renovadora Nacional - Arena, partido que apoiou o regime instalado em 1964, após o golpe de 31 de Março, completando-se assim 48 anos nesse sábado de 2012.

No ano de 1987, com o número 41 voltou, em 1988 estreou em eleições municipais e no pleito presidencial em 1989 lançou a candidatura de Ronaldo Caiado, hoje deputado federal por Goiás, um dos que foi contra ao retorno do PSD em 2011. Em 1990 passou a ser liderado pelo deputado estadual de São Paulo Nabi Abi Chedid e sua última eleição foi em 2002. Como sempre houve a pressão dos grandes partidos no Congresso para preservar seus interesses, o PSD foi então incorporado ao Partido Trabalhista Brasileiro, considerado o seu primo, colaborando assim para sua sobrevivência e hoje está novamente no páreo.

Em nosso Estado o partido foi criado sob a direção do jornalista Antonio João Hugo Rodrigues, suplente do senador de Delcídio Amaral, no seu primeiro mandato, era filiado ao PTB e exerceu o mandato por cerca de quatro meses.

Em nossa cidade o líder maior na década de 1950 foi o jornalista e advogado Weimar Gonçalves Torres, que com meu pai e outros companheiros ajudaram na sua fundação no Município de Dourados. O PSD retornou e centenas de eleitores douradenses contribuíram para tal, colaborando na assinatura da lista de apoio que foi entregue ao TSE. O que nos chamava a atenção era o interesse de muitos eleitores em postar a assinatura, pois a população devido aos recentes acontecimentos mostrou-se ávida na mudança também em nossa cidade, o que lhe traz muita responsabilidade hoje.

A nível de Brasil sua criação foi encabeçada por Paulo Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, Índio da Costa, ex-deputado Federal do Rio de Janeiro e a senadora ruralista Kátia Abreu, presidente do Conselho Nacional da Agricultura – CNA, pessoas com visão progressista.

O PSD tem como meta o fomento da agricultura, pecuária, principalmente aos pequenos produtores, não deixando de lutar pelos demais. Luta por mais investimentos na indústria, habitação, resolução dos conflitos entre brancos e indígenas, independente do cultivo e resgate de sua cultura. Não adianta dar terra aos brancos, índio e demais, se não dar-lhes condições para produção.

Lutar para a libertação das etnias indígenas e mãos de várias entidades que lhes exploram, deixando-as como estão para tirar proveito eleitoral em conivência com a FUNAI. Os índios douradenses não são incapazes, temos entre eles muitos profissionais liberais para serem aproveitados no mercado do trabalho e que poderiam estar dirigindo os destinos da Fundação Nacional do Índio.

Devido à eleição nesse ano está sendo realizado o seminário acima noticiado que além das palestras a seus filiados de todo o Brasil, estará dando ênfase aos instrumentos que serão colocados à disposição deles para que possam debater e defender suas ideias na rede mundial de computadores.

Podemos dizer que o PSD está retornando com idéias novas, com pessoas que visam um futuro com progresso e para tanto nossos pré-candidatos a vereador, deverão estar preparados para os embates. Nosso lema em Dourados é ORDEM E PROGRESSO, para uma Dourados melhor.

Dourados-MS, 26 de Março de 2012.

(*) José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado, licenciado em Letras com Inglês, produtor rural no Distrito de Picadinha, estudioso do Idioma Guarani Ñandéva e Secretário Geral do PSD em Dourados.

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