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O pioneiro do ciberjornalismo no MS

Por Inara Souza Silva (*) | 04/03/2012 07:13

RESUMO

O presente trabalho conta a história do Campo Grande News, primeiro jornal online de Mato Grosso do Sul e o primeiro que foi concebido exclusivamente para a Internet, sem qualquer publicação similar em outro suporte.

Reprodução

Iniciado como um experimento desconhecido e visto com desconfiança pelos seus idealizadores, o site ganhou audiência e consolidou o ciberjornalismo no Estado. O levantamento histórico está baseado em relatos dos criadores e dos profissionais que atuam e atuaram no veículo. No começo, o site apresentava o conteúdo em lista de títulos de últimas notícias, com o passar dos anos, o formato foi sendo aperfeiçoado, e ganhou imagens (foto e vídeo), destaques e manchetes. Além do trabalho de profissionais jornalistas e articulistas, o conteúdo do ciberjornal conta com a colaboração de leitores, que podem mandar flagrantes ocorridos no Estado, como também comentar as notícias publicadas.

PALAVRAS-CHAVE: História do Jornalismo / Ciberjornalismo / Campo Grande News

1. Introdução

Historicamente, o fazer jornalístico está atrelado à tecnologia, desde a criação dos primeiros impressos na Europa do século 17 até o jornalismo inteiramente concebido para a web, como é o caso do ciberjornalismo no século XXI. A profissão conta com a tecnologia desde a captação até a distribuição dos conteúdos ao público (DEUZE, 2006).

Tamanha a importância do jornalismo na sociedade, que se faz necessária o registro da história destes veículos, como é o caso do primeiro jornal criado exclusivamente para a Internet em Mato Grosso do Sul: o Campo Grande News.

O levantamento partiu de leitura de pesquisas científicas sobre o site, posteriormente, entrevistas com os idealizadores, funcionários e ex-funcionários. Como não há registros sobre as primeiras publicações do site, toda a história foi recuperada da oralidade dos participantes, por meio de entrevistas em profundidade.

Um dos obstáculos encontrados foi que parte do banco de dados do site foi perdido em função de problemas técnicos e informáticos, por isso, não foi possível acesso à primeira reportagem produzida, o que seria sua primeira edição se fosse um jornal impresso.

Em função da página web ser transformada a cada atualização, o levantamento não teve acesso aos seis layouts que o site já teve, mas foi possível recuperar dois dos formatos antigos. Fatos que demonstram a vulnerabilidade do sistema disponível na Internet, o que reforça a importância do resgate histórico deste ciberjornal.

Pioneiro no ciberjornalismo de Mato Grosso do Sul, o Campo Grande News foi lançado em 4 de março de 1999, no endereço web: www.campogrande.com. Atualmente, disputa o mercado jornalístico estadual com dezenas de outros jornais de Internet.

2. Ciberjornalismo

O novo ambiente comunicacional oferecido pela Internet trouxe alterações ao modelo de produção e distribuição de notícias. As primeiras experiências ocorreram em meados dos anos 70, nos Estados Unidos, com o The New York Times, em seu The New York Times Information Bank, que disponibilizava resumos e textos completos da edição impressa diária. O serviço era oferecido apenas a assinantes. Em 1995, o The Wall Street Journal lançou o Personal Journal, que oferecia na internet informações sobre negócios empresariais extraídas da sua edição diária regular (MOHERDAUI, 2000).

No Brasil, ainda na década de 80, o grupo O Estado de S.Paulo já investia em serviços especializados de informação, com a Agência Estado. Mas esta só entrou na internet em fevereiro de 1995. No entanto, o JB On-Line é considerado o primeiro jornal a fazer cobertura completa no espaço virtual. A primeira versão digital de jornal impresso nasceu em 28 de maio de 1995.

Em janeiro de 1996, ele passa a ser o único a oferecer atualização permanente de sua versão digital em tempo real por meio de parceria estabelecida com a Agência JB (GONÇALVES, 1996, Apud: MOHERDAUI, 2000). Logo em seguida, vários jornais se registraram na web, como O Estado de S.Paulo, a Folha de S.Paulo e O Globo.

Moherdaui (2000) acrescenta que em 1996, o Universo Online lançou o Brasil Online. O jornal apresentava, além de conteúdo próprio produzido na redação, material jornalístico de agências de notícias nacionais (Agência Folha) e internacionais (Associated Press). Tudo isso, agregado a fotos, gráficos, animações, áudio e vídeo. Logo, o Brasil Online passou a ser a Folha Online.

Outro evento que marcou a expansão do uso da internet pelo jornalismo, conforme Ferrari (2003) foi o lançamento do Último Segundo, no ano 2000, pelo provedor Internet Grátis (IG). O Último Segundo é um produto com versão exclusivamente digital, com produção própria – reportagens e entrevistas – e parcerias com diversas agências de notícias: Reuters, Associated Press, Agência JB e Sport Press.

O processo de migração para a web e de adaptação ao novo meio exigiram do jornalismo novos projetos gráficos e visuais, explorando os recursos tecnológicos disponíveis. A diferença do jornal na internet para as mídias tradicionais é que ele tem a possibilidade da transmissão de dados em tempo real e está livre do horário de fechamento, dead line, pois pode ser atualizado constantemente.

O ciberjornalismo tem a possibilidade de oferecer o maior número de informações de maneira rápida e diversificada. Pela própria característica do meio utilizado, os sites noticiosos podem oferecer dados adicionais (depoimentos, gráficos e ilustrações), que não couberam na versão imprensa pela falta de espaço ou de tempo. Em 1996, no começo da novidade web, Fulton escreveu um artigo onde defendia não existir um "modelo" que especifique como deve ser o jornal e o jornalista na era dos bits. Para ela, os verbos em evidência parecem ser "experimentar", "testar", "tatear", "esboçar".

Pavlik (Apud: QUADROS, 2005), um dos pioneiros da pesquisa em jornalismo digital, propõe a classificação dos diários da Internet em três estágios: No primeiro, encontra-se apenas o conteúdo do jornal impresso nas páginas web, o segundo estágio apresenta alguns materiais exclusivos da rede, além das reportagens publicadas na versão impressa e o terceiro é um produto totalmente diferente do jornal de papel.

3. Campo Grande News

O primeiro jornal de Mato Grosso do Sul a ocupar a World Wide Web foi o site de notícias Campo Grande News. Ele não foi criado a partir da versão de uma publicação impressa, mas foi concebido para veicular conteúdo especificamente voltado para o leitor da web.

O site entrou em funcionamento em 4 de março de 1999, como resultado da parceria entre o empresário Miro Ceolim e o jornalista Lucimar Couto. Ceolim era proprietário do provedor de internet Zaz, na capital do Estado, e assim, o Campo Grande News nasceu vinculado ao portal, que depois se transformou em Terra (REINO, 2006).

Couto disse que a proposta veio de Ceolim para poder oferecer conteúdo regional ao público que acessa a Internet em Mato Grosso do Sul. Os sócios começaram a discutir o assunto em fevereiro e em março o site estava no ar. No começo, o trabalho era mais lento e chegava a haver intervalo de duas horas sem publicar uma notícia.

Lucimar Couto era um jornalista de impresso e afirmou que suspeitava que iria enfrentar muitas dificuldades com o desafio. Isto porque a Internet, em 1999, ainda era conhecida de pouca gente, sem contar que o computador era pouco acessível e considerado um equipamento caro.

O site foi criado especificamente para produzir noticiário voltado para o Mato Grosso do Sul. Por isso, segundo Tellaroli (2007), o produto se encaixa na classificação de portal vertical, ou seja, “oferece informações de interesse de uma comunidade e fideliza o usuário devido aos serviços personalizados que disponibiliza on-line”.

O foco foi um conteúdo voltado para notícias locais. Couto apud Tellaroli (2007) ressalta que se divulgasse notícia nacional entraria no mercado dos grandes veículos de comunicação sem estrutura para tanto. Neste caso, como a sede do site está localizada em Campo Grande, optou-se pela cobertura dos eventos ocorridos na capital e no interior de Mato Grosso do Sul, já que o acesso às fontes estava mais facilitado.

Desconfiado diante do novo suporte para o jornalismo, Couto afirma, em entrevista a Tellaroli (2007), que se surpreendeu quando, em um único mês, o Campo Grande News obteve 20 mil visitas. No começo a estrutura era simples, pois a equipe contava com um webmaster, um jornalista (Lucimar Couto) e uma estudante de Jornalismo. Diariamente, eram publicadas de 10 a 12 matérias. Cinco meses depois, diante da necessidade de aumentar a produção, o site contratava o primeiro jornalista, além do fundador.

Em função de problemas técnicos e da perda de parte das informações do banco de dados do site, não foi possível recuperar a primeira matéria que foi ao ar no Campo Grande News. Lucimar Couto lembra [1] que o texto abordava a política de Mato Grosso do Sul, noticiando uma ação do deputado federal Waldemir Moka (PMDB), em Brasília. Desde então, o site tem tido produção contínua e acessos crescentes.

3.1. Estrutura

Na estrutura inicial, o conteúdo do site era atualizado em uma sala cedida pelo empresário Miro Ceolim no prédio de sua empresa de pesquisa, no Jardim dos Estados, em Campo Grande. O local estava equipado de dois computadores, uma estante, rádio para ouvir os programas de rádio e também os telejornais, função que era desempenhada por uma estagiária, estudante de Jornalismo.

Ela fazia o trabalho de rádio-escuta (ouvir os programas jornalísticos no rádio), apuração e organizava os jornais e as pautas do dia. Enquanto isso, o jornalista Lucimar Couto, que é o proprietário do site, fazia as entrevistas e reportagens publicadas no site. Neste local trabalhava também o webmaster Adriano Hany, que atua no Campo Grande News desde sua criação. Após cinco meses de lançamento, a empresa fez a contratação da primeira jornalista. No entanto, o trabalho de apuração e reportagem continuou a ser desenvolvido à distância, por meio do telefone e troca de e-mails.

As dificuldades para desenvolver o novo tipo de jornalismo eram muitas, havia pouco investimento de propaganda e muitas agências não tinham sequer um profissional que produzisse um banner. Com o passar do tempo, conforme os acessos ao site cresciam, a estrutura também era ampliada. Até que a redação do Campo Grande News ganhou uma estrutura maior no mesmo prédio, agora com sala de redação separada da sala da chefia e Lucimar Couto deixou de ser repórter e editor-chefe para cuidar somente dos assuntos administrativos da empresa, que já estava consolidada.

A primeira chefe de reportagem foi a jornalista Marta Ferreira, [2] em 2002. O objetivo principal era organizar a produção. Com a separação do fazer jornalístico da parte administrativa, a produção jornalística passou a ser mais organizada, com um profissional específico para orientar repórteres, acompanhar a execução das matérias, distribuir tarefas, editar os textos. Antes, essa figura era feita pelo próprio diretor-editor, e ele acaba acumulando ainda as funções institucionais do site, entre elas o contato com possíveis anunciantes, a relação com o Poder Público.

No ano seguinte, a empresa mudou-se para sede própria, localizada à Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. No local, a equipe foi também ampliada e logo o site passou a contar com uma unidade móvel, dotada de jornalista, repórter-fotográfico e motorista.

Esporadicamente, a equipe fazia uma ou outra cobertura externa, mas oficialmente, a primeira cobertura externa ocorreu em 2002, quando da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Campo Grande durante a campanha eleitoral. O encontro do então presidenciável com o ex-governador Zeca do PT, foi registrado pelo repórter fotográfico David Majella. [3]

O fotógrafo aprendeu no dia a dia como é o trabalho de jornalistas de ciberjornal. Ele foi o primeiro repórter fotográfico de jornalismo voltado para a Internet em Mato Grosso do Sul. Enquanto os outros fotógrafos tinham tempo de fazer seus enquadramentos e selecionar a melhor imagem, a missão de David Majella era fotografar o evento e rapidamente enviar a imagem para o site, pois a matéria deveria ser publicada imediatamente.

A primeira cobertura jornalística de David está guardada em seu arquivo pessoal.

A imagem da primeira capa com foto, também não pode ser recuperada, uma vez que não há arquivos das manchetes, que são atualizadas várias vezes ao dia. Em 4 de setembro de 2004, o Campo Grande News passou a ser o único ciberjornal de Mato Grosso do Sul a fazer cobertura jornalística 24 horas. O serviço foi desativado em 2007.

3.2. Layouts

Desde a fundação, o Campo Grande News já teve seis formatos de capa, mas não foi possível recuperar parte deles, pois não há um arquivo destes layouts. No começo eram apenas notícias listadas por ordem cronológica de inserção. O webmaster, Adriano Hany, [4] que atua no site desde sua fundação, afirma que o grupo optou pela simplicidade da página, por isso, a primeira versão tinha tom azul e as últimas notícias em lista de títulos, com os referidos horários da publicação.

O design publicado no presente artigo trata-se da reprodução da imagem divulgada na dissertação de mestrado em Ciência da Informação de Lucas Reino (2006).

Numa segunda definição, em 2001, o site passou a ter novo padrão de cores, com a incorporação da laranja, a branca e a azul. As notícias em lista continuaram a ser utilizadas, mas desta vez, o leitor podia contar com títulos em destaque que “passavam correndo” em cima da página.

Num terceiro momento, o Campo Grande News adotou também a cor verde, aliada à laranja e branco. A capa, desta vez, foi modernizada com uma manchete no lado esquerdo da página. Hany lembra que num quarto formato, a página inicial do site ganhou uma foto pequena no meio da homepage, numa quinta versão foi criada uma manchete com a foto maior.

Segundo Hany, a sexta capa está dotada de cinco manchetes randômicas, que são acompanhadas de mais seis destaques do lado direito também no topo da página. O Campo Grande News oferece um menu no lado esquerdo, onde é possível ao internauta reconhecer assuntos por editorias.

No lado direito há espaço para os anúncios e acima horário e a previsão do tempo local. Além disso, o visitante conta com serviço de buscas para encontrar notícias anteriores por tema específico.

O número de acessos na página é bastante elevado, em 2006, contava com média de 600 mil acessos diários, com atualização contínua 24 horas. Em março de 2008, já eram 2,5 milhões de pages views diários e com plantão das 6h à meia-noite. Índice que saltou para 3,5 milhões de páginas vistas por dia no mesmo mês de 2009.

Em parceria com a produtora Morena Vídeo, o Campo Grande News passou a disponibilizar vídeos aos usuários a partir de 2005. Conforme Ribeiro (2006), a meta inicial era trabalhar com reportagens em vídeo, mas devido à estrutura optou-se pela veiculação de entrevistas semanais.

O conteúdo era responsabilidade do Campo Grande News, mas no espaço publicitário era veiculada propaganda da Morena Vídeo. O sistema criado foi inspirado nos grandes portais que já veiculavam vídeos, mas o diferencial oferecido pelo site de Mato Grosso do Sul era além do vídeo, disponibilizado também a transcrição em texto e a cobertura fotográfica da entrevista. Medida adotada para não excluir usuários que não dispusessem da tecnologia necessária para acesso à entrevista, como computadores sem placa de som.

Para acessar o conteúdo, o usuário também tinha duas opções de qualidade, como o acesso por meio da banda larga e o discado. Semanalmente, o canal tinha de 2,5 mil a 3 mil acessos”. Somente no primeiro ano de atividade – 14 de março de 2005 a 15 de março de 2006, a TV News produziu 50 entrevistas abrangendo autoridades locais e nacionais, além de políticos, pesquisadores e analistas (RIBEIRO, 2006).

O serviço acabou no começo do segundo semestre de 2006 por motivos de mudanças de prioridades para os parceiros. A jornalista Maristela Brunetto [5] era chefe de redação e ao mesmo tempo repórter do TV News. Para ela, fazer TV na Internet foi uma oportunidade de discutir assuntos com profundidade e divulgar pesquisas científicas e até peculiaridades da vida dos entrevistados políticos.

Entre os temas explorados estão o problema ambientais gerados pelas usinas de álcool e o aqüífero guarani, a revolução nas relações de trabalho, as questões de gênero, desmatamento na Serra da Bodoquena e a memória cultural do Estado.

3.4. Repórter News

Criado em 20 de março de 2008, o Repórter News é um canal aberto para a colaboração dos leitores, que podem enviar para a redação fotos e vídeos de flagrantes ocorridos na cidade. O sistema é conhecido como jornalismo colaborativo no qual qualquer pessoa pode sugerir assuntos (texto, imagem ou vídeo). Somente no primeiro dia de funcionamento do sistema, quatro sugestões foram enviadas por leitores.

Para participar, o usuário deve fazer um cadastro no site, no qual insere dados pessoais (nome, e-mail, CPF, telefone) e, em seguida, ganha acesso ao sistema com login e senha.

O cadastramento é uma forma de filtro para evitar a disseminação de informações falsas ou boatos. Antes de publicar o conteúdo, o jornalista do Campo Grande News telefona para o leitor e confirma as informações que são repassadas geralmente com fotografias.

3.5. Comentários e reportar erro

Outros serviços oferecidos pelo Campo Grande News desde 2009 e que promovem a interação do usuário são o “Comentário” e “Reportar Erro” da matéria.

As duas ferramentas ficam situadas no canto direito da página e ao clicar o leitor pode fazer um comentário sobre o assunto e conhecer opiniões de outros leitores, como também pode acionar a redação para corrigir possível erro de informação ou ortográfico que contenha o conteúdo.

4. Considerações finais

O levantamento histórico está baseado em relatos dos criadores e dos profissionais que atuam e atuaram no Campo Grande News. Ao longo da pesquisa, a maior dificuldade encontrada foi reunir documentos e informações antigas sobre o site, já durante os anos de atuação do ciberjornal, houve perda de parte do banco de dados.

Outro agravante, é que layouts anteriores, por exemplo, não foram arquivados para posteriores consultas, ou até mesmo para a memória do site.

Dez anos depois de iniciada a prática do ciberjornalismo, em Mato Grosso do Sul, o que se pode constatar é que as hipóteses levantadas por Fulton em 1996 permanecem atuais. Ao longo dos 10 anos de existência, o Campo Grande News lançou e suspendeu serviços, remodelou o layout e ampliou e reduziu o horário de funcionamento.

Ou seja, como Fulton (1996) havia defendido o modelo de jornalismo a ser desenvolvido na internet está baseado principalmente nas experimentações.

Ao que parece, as novidades e explorações do ambiente web ainda não foram esgotadas, já que recentemente (2009), o Campo Grande News aderiu também ao jornalismo colaborativo, aquele que é desenvolvido a partir das informações enviadas pelos leitores, que faz com que qualquer cidadão sinta-se como se fosse um repórter em potencial.

Além disso, o site agregou a possibilidade do leitor poder comentar e debater as matérias publicadas, transformando e ampliando o conteúdo do site, que ganha características de fóruns de discussão.

NOTAS

[1] Entrevista à autora, 8 set. 2008.

[2] Entrevista à autora, 29 out. 2008.

[3] Entrevista à autora, 10 nov. 2008.

[4] Entrevista à autora, 30 jan. 2009.

[5] Entrevista à autora, 27 mar. 2009.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEUZE, M. “O jornalismo e os novos meios de comunicação social”. In: Comunicação e Sociedade, Vol. 9-10, 2006, pp. 15-37.

FERRARI, P. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2003. (Coleção Comunicação).

FULTON K. “A tour of our uncertain future”. In: Columbia Journalism Review, 1996. Disponível em: http://archives.cjr.org/year/96/2/tour.asp. Acesso em: 5 abr. 2007.

MOHERDAUI, L. Guia de estilo web: produção e edição de notícias on-line. São Paulo: Editora Senac, 2000.

QUADROS, C. “Dez anos depois do boom dos diários digitais”. In: V Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom, NP02 – Jornalismo, Rio de Janeiro/RJ, 2005. Disponível em: http://reposcom.portcom.intercom.org.br/dspace/bitstream/1904/17396/1/R0507-1.pdf. Acesso em: 6 abr. 2007.

REINO, L. S. “Relacionamento entre o webjornal Campo Grande News e seus usuários”. Dissertação de mestrado em ciência da informação, Universidade de Brasília, Brasília/DF, 2006. 102 f.

SILVA, O. R. “A comunicação da informação jornalística no telejornalismo online: TV News”. Dissertação de mestrado em ciência da informação, Universidade de Brasília, Brasília/DF, 2006. 101 f.

TELLAROLI, T. M. “Proposta metodológica para estudo do jornalismo online sob o aspecto da gestão da informação com base no portal Campo Grande News”. S/r, S/d. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/tellaroli-tais-proposta-metodologica-estudo-do-jornalismo-online.pdf. Acesso em: 12 ago. 2008.

*Inara Souza da Silva é jornalista, mestre em ciência da informação e integrante do grupo de pesquisa em ciberjornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

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