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Os herdeiros de Cain e o conflito indígena!

Valfrido M. Chaves (*) | 28/12/2013 19:02

O desinteresse dos governos Dilma-Lula em solucionar o conflito entre a expansão de aldeias e propriedades legítimas fica mais uma vez exposto. E vem somar-se ao costumeiro “empurrar com a barriga” do Ministro da Justiça, que não honra seus compromissos assumidos com índios e não índios, face ao conflito de interesses entre as partes. A matéria veiculada no Correio de 26/12/014, “MF recupera 20 milhões para indenizar fazendeiros” expõe o descaso do governo central em solucionar um conflito criado pelo próprio pelo Estado brasileiro, o qual parece ter interesse em sua continuidade.

Mesmo com disponibilidade de recursos no orçamento da União, tais recursos se perderiam face ao encerramento do exercício financeiro e a imobilidade do governo. Isso obrigou o MPF, dentro de suas prerrogativas, promover o bloqueio da verba para o cumprimento de sua finalidade definida, ou seja, indenização de propriedades legítimas, em Japorã. Oportunamente, o editorial do Correio "Fim do conflito é só promessas", aos 27/12/2013, adequadamente ainda denuncia: "tudo continua na estaca zero".

Um Estado que financia um bilhão para porto em Cuba; que tem verbas secretas milionárias para Cuba e Angola; financia obras bilionárias na Venezuela; perdoa milhões de dívidas de países africanos e não tem dinheiro para resolver uma guerra entre brasileiros, conflito que ele próprio criou, não é uma piada de mau gosto, é um crime contra a unidade do povo brasileiro. Além de não resolver essa guerra, assiste de braços cruzados entidades e recursos tanto externos como estatais, se dedicarem a manipulações promotoras de ódios entre as partes, até para impedir que elas se unam para exigir, da União e deste governo, que cumpra suas obrigações na promoção da justiça para todos e na preservação da unidade nacional.

Tais fatos são concretos, objetivos, estão na nossa cara. Nem a tal dialética marxista-leninista que norteia a política indigenista, e que se julga Mandrake na distorção dos fatos, tem como desmentí-los. O MPF, apesar de sua postura adequada e digna neste momento, também não pode eximir-se de sua responsabilidade na promoção do conflito.

Nas aldeias de Taunais, a invasão da Fazenda Esperança, fundada 20 anos antes da reserva indígena local, é nomeada pelos índios como “Retomada”. Tal conceito apócrifo e herético para nossas Constituição e leis, foi lançado aqui em nossa Assembleia, por membro do MPF, há dez anos passados e uma semana antes da primeira invasão de Japorã. Parece haver uma confusão entre "proteção ao índio" e apaniguar crimes praticados por índios. Nem vale a pena lembra ainda, leitor, do apoio explícito das entidades político-ideológicas companheiras, às violações de direitos com as quais se semeia o ódio e a insegurança jurídica em nosso MS. São herdeiros de Cain, são escravos da inveja e do ódio.

Portanto, “tudo se relaciona”, do descaso governamental aos financiamentos e manipulações para o cumprimento de um roteiro ideológico contra a unidade da Nação e da paz entre brasileiros. Quem nega os fatos e não vê a lógica que os norteia?

(*) Valfrido M. Chaves é Psicanalista, Pós Graduado em Política e Estratégia-Adesg/UCDB

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