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Os novos arianos e o petrolão

Por Valfrido Medeiros Chaves (*) | 15/04/2015 08:27

O século passado produziu fenômenos que, para sempre, serão motivos de vergonha para a humanidade. O imperialismo, o nazi-fascismo e o socialismo marxista se igualaram em suas conseqüências nefastas que, como disse, se manterão como chagas na memória das civilizações.

A I e II Guerras Mundiais ocorreram no contexto da disputa imperialista por mercados e recursos naturais. Na sombra da I Guerra surgiu o totalitarismo nas feições nazista e socialista, movimentos que se confrontaram, mas que, bem analisados, eram faces de uma mesma moeda. Para o nazi-fascismo alemão, o arianismo, alucinando uma raça pura e superior que construiria a civilização redentora da humanidade, todos os meios eram justificados pelo glorioso objetivo.

O socialismo russo, onde uma classe social redentora construiria o futuro da humanidade, desembocou no totalitarismo historicista. Para socialistas e fascistas os fins justificavam os meios, na medida em que tudo o que beneficiasse suas causas seria necessariamente moral, justo e verdadeiro.

No regime nazi-fascista a “classe” redentora seria constituída pelos arianos, a “raça superior”. No regime socialista-comunista, a “raça superior” seria o operariado, representado pelo Partido Comunista, então condutor da humanidade e da História. Ambos os regimes se irmanaram na empáfia de serem donos do futuro da história, na crueldade e no desprezo pelo valor do ser humano de qualquer etnia ou classe social.

Neste momento, os brasileiros se vêem às voltas com um movimento zumbi, ou seja, morto-vivo, em que “novos arianos” ressuscitam pretendendo ainda serem donos de nossa História e futuro, quaisquer que sejam os meios que tenham, para isso, de empregarem. Curiosamente, pretendem ser socialistas e, repetindo o velho catecismo marxista-leninista, praticam também o princípio de que os fins justificam os meios e de que a moral e a verdade sãos relativas. O leitor duvida? Então vejamos...

Quando pegos com a mão na cumbuca dos cofres públicos ou da extorsão, os fatos se tornam “golpe das elites” e os recursos mal ganhos seriam apenas “recursos não contabilizados”. Com as frases “não fomos os primeiros”, “não fomos nós que inventamos”, pretendem de tudo se justificarem e se anistiarem, o que os torna acima do bem e do mal! Seres superiores, nada os atinge! Hoje, após os poderosos de plantão levarem o nome da Petrobrás para as páginas policiais e as grandes obras governamentais se revelarem grandes tetas para financiarem a manutenção do poder, os donos do poder se fazem de rogados para deixar mero tesoureiro de Partido com bode expiatório da grande sujeira. O grau de cinismo exibido ultrapassa o de qualquer psicopata imaginado.

Tudo isso, em síntese, é o neo-arianismo ideológico, a “nova raça superior” tupiniquim com o qual estamos às voltas. Na prática, um Partido, uma militância com vocação totalitária e pretendendo ser dona do destino da Nação, acima do moral e da verdade dos fatos. O povo nas ruas parece discordar desse arianismo socialista que nos assalta e envergonha. A Justiça, a Polícia Federal e o MPF estão dignificando seus papeis diante desse verdadeiro e fétido saco-sem-fundo que emergiu do poder petista. E o povo nas ruas está dando cobertura àquelas instituições. E que suas ações cheguem a bom termo, restituindo um pouco de dignidade à sofrida Nação brasileira. Amém!

(*) Valfrido Medeiros Chaves é psiquiatra.

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