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Polícia Federal exige uso de radiocomunicação em transportes de valores

Por Adriano Fachini (*) | 23/01/2014 08:29

Em decisão acertada, a Diretoria Executiva do Departamento de Polícia Federal, voltou a exigir para o serviço de transporte de valores, a utilização de equipamentos de radiocomunicação como meio principal de comunicação entre veículo e filial.

Ademais, segundo a UIT - União Internacional de Telecomunicações, agência da ONU especializada em telecomunicações, a radiocomunicação é a ferramenta de comunicação mais eficaz no combate a situações de emergência e catástrofes em geral.

Dentre as principais tarefas da UIT está a organização, debate e estudos sobre o desenvolvimento do setor de telecomunicações em âmbito mundial. Para tanto, todos os países signatários da ONU (192 nações) participam enviando delegações, além dos principais fabricantes de produtos e operadoras de telecomunicações de todo o mundo.

Há na UIT grupos de estudos específicos dos diversos tipos de ferramentas de telecomunicações hoje disponíveis no mercado. Após avaliar todas as tecnologias existentes atualmente, a agência conclui que o meio de comunicação mais confiável é a radiocomunicação.

Dentre as principais características desse serviço a mais relevante de todas é o fato de ser instantânea. Simplesmente aperta-se um botão e transmite-se a mensagem, em tempo real. Não precisa discar, digitar sequências de números ou letras, nem depende de torres, que numa emergência podem não funcionar - caso da telefonia móvel, por exemplo.

O despacho consta na PORTARIA No 30.491/2013 - GAB/CGCSP, que pode ser lida na íntegra no site da Aerbras. Segundo parecer do próprio órgão, a decisão fulcra-se em aspectos práticos e científicos apontados por especialistas que entenderam que a radiocomunicação é o único meio de garantir comunicações instantâneas, especialmente nas chamadas ponto a ponto.

Tais chamadas são necessárias no momento mais crítico da operação, em que a guarnição de dois ou três vigilantes deixam o carro forte e se encaminham até o caixa 24 horas para seu abastecimento. Muitos desses locais, como shopping centers e hipermercados, não possuem cobertura do serviço de telefonia móvel satisfatória e vinha sendo utilizado como comunicação principal, fato que causou a morte de muitos vigilantes em situações como essa por falta de comunicação.

Nesse momento não pode haver falhas nas comunicações entre vigilantes e carro-forte e entre carro-forte e escritório da empresa de transporte de valores. Dados de 2013 apontam um aumento nos roubos ao setor no país. No estado de São Paulo, subiram 250% no ano de 2102 em relação a 2011. O serviço móvel privativo, comumente chamado de serviço de telefonia celular, poderá ser utilizado como subsidiário ou complemento de comunicação em outros casos que não sejam de missão crítica.

(*) Adriano Fachini é empresário do setor de telecomunicações e presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.

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