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Por que as pessoas se endividam? A importância da educação financeira

Por Dirlene Costa (*) | 20/06/2015 10:53

Desde que começou a expansão do acesso ao crédito, diversas pessoas tiveram a oportunidade de conquistar objetivos e realizar sonhos – afinal, esse tipo de mecanismo foi desenvolvido com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Um lado negativo de tal expansão, entretanto, consiste na possibilidade de endividamento, fator capaz de se transformar numa verdadeira dor de cabeça.

O tema “educação financeira” ainda é pouco tratado no Brasil, ainda sendo considerado um verdadeiro tabu – afinal, é “chato” falar de dinheiro. Em suma, embora todos queiram dinheiro, poucos querem falar como cuidar dele.

A educação financeira deveria começar a ser trabalhada dentro de casa, depois nas escolas, sendo expandida para as empresas e até em programas sociais, trazendo uma base para que todos soubessem fazer o uso do crédito de forma inteligente, tendo mais qualidade – dessa forma, as pessoas seriam capazes de se programar para atingir seus objetivos e as empresas teriam menos prejuízo com os consumidores inadimplentes.

Porém, é muito raro que haja esse tipo de preocupação, salvo em poucas instituições de crédito que têm investido em ações de conscientização de seus clientes. Como resultado há o aumento da inadimplência, de forma que um número crescente de pessoas se encontram presas em dívidas que aumentam descontroladamente mês a mês. Tal situação é ainda mais forte na classe C, que teve maior acesso ao aumento do crédito (embora valha ressaltar que todas as classes sociais foram diretamente atingidas).

Com mais crédito, muitas pessoas adquiriram uma série de produtos e serviços sem gerenciar adequadamente seus fluxos de caixa pessoais, não levando em conta custos fixos como aluguel, energia, água, telefone, condomínio etc., passando a pagar o tão falado “mínimo” dos cartões. Consequentemente as dívidas se acumulam, de maneira que muitas pessoas recorrem a empréstimos para quitá-las – mais uma fonte de endividamento. Assim, parcela após parcela, muitas famílias vivem a sensação de se encontrarem numa verdadeira bola de neve financeira.

Tal situação é negativa para ambos os lados, pois o credor precisa receber e o tomador não tem como pagar, nem saber como irá fazê-lo. As pessoas não ficam devendo porque não querem pagar, e sim por muitas vezes não saberem nem por onde começar a se organizar, porque falta orientação.

Mas nunca é tarde para mudar. Na Multicrédito, por exemplo, temos um grande cuidado com nossos consumidores, inclusive quando ficam inadimplentes. As equipes que negociam são preparadas para ajudar o inadimplente a sair definitivamente daquela situação através do fornecimento de uma série de dicas, já que, além de receber, queremos orientar para que o mesmo use o crédito de forma planejada e saudável. Seguem, abaixo, algumas dessas dicas:

1. Anote tudo que compra a crédito, isso vai fazer diferença na medida em que você vai perceber onde está investindo seu dinheiro e o tamanho do crédito a pagar para frente.

2. Utilize o crédito para comprar produtos e serviços que vão fazer sentido na sua vida. Comprar a crédito apenas por impulso, vai trazer arrependimento.

3. Pague suas contas em dia. Evite pagar encargos, juros, pois é um dinheiro que não tem volta, além de não agregar valor para você.
4. Caso esteja com contas em atraso, negocie com seus credores, peça descontos, parcele e pague em dia.

Sempre há oportunidade de mudar para melhor. Quem está endividado, precisa apenas planejar, negociar e se relacionar com o crédito de uma nova forma, planejada e saudável. Afinal o crédito pode ser seu maior patrimônio!

(*) Dirlene Costa, vice-presidente Financeira da MultiCrédito

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