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Por que não trabalhar com mineração?

Por Dominic de Souza (*) | 04/07/2012 08:04

Para quem está em busca de novos ares no âmbito profissional, a área de mineração se mostra como uma boa opção. No passado, a imagem que tínhamos desse segmento era a de que existiam diversas pessoas em condições precárias dentro de minas ou em barrancos perigosos e, por muitas vezes, correndo até risco de morte. Hoje, no entanto, os processos já foram modernizados e as tecnologias tornaram os trabalhos mais simples, existindo altos padrões de segurança. Se você quer um exemplo dessa transformação, basta analisar o que foi a mina de Serra Pelada, no Pará, há 20 anos e a sua nova estrutura.

O minério de ferro, especificamente, é um dos produtos que o Brasil mais exporta desde o ano de 2005. Além disso, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o setor será responsável por um aporte de aproximadamente US$ 75 bilhões entre os anos de 2012 e 2016. Outro fator favorável é a alta no preço das commodities, mais especificamente do ouro, ferro e cobre.

A junção de todos esses pontos teve como consequência um aumento importante na procura por profissionais capacitados. Aliás, se engana quem acha que o setor só oferece espaço para engenheiros ou geólogos. Por conta de sua estrutura de negócio também existe uma demanda relevante por médicos, economistas, administradores de empresas, psicólogos e para quem pensa em seguir a carreira na área de compra e venda de minérios. Ou seja, é possível atuar neste mercado mesmo sem conhecimento técnicos altamente especializados.

O que o mercado procura são pessoas que possuam diferentes tipos de conhecimento e estejam interessadas em contribuir com o crescimento da mineração no país. Uma prova disso são os salários oferecidos. Atualmente, pessoas que ocupam cargos técnicos, como os geólogos de exploração mineral, recebem cerca de R$ 5 mil. Os profissionais que estão em postos mais altos, engenheiros de minas especialistas na construção de projetos de extração mineral, por exemplo, chegam a ganhar até R$ 50 mil. Em outros mercados, dificilmente encontramos uma variação salarial como essa e uma oferta tão grande de vagas.

Para entender o porquê dessa escassez de profissionais basta conferir os números do levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A instituição divulgou que no Brasil a engenharia, área com a maior demanda, formou apenas 30 mil profissionais por ano, enquanto Rússia e Índia formam mais de 110 mil pessoas. Já a China, reconhecida por seus números exorbitantes, possui cerca de 300 mil novos engenheiros anualmente, ou seja, 10 vezes mais que o nosso país.

Para quem pensa que os dados são apenas resultados de um aquecimento momentâneo do mercado, vale lembrar que existem relatos de mineradores desde a pré-história. Além disso, a área tem um papel essencial no desenvolvimento da sociedade, já que é responsável pelo fornecimento de matérias-primas para diversos itens que fazem parte de nosso cotidiano como máquinas, ferramentas e veículos. O cenário mostra que as profissões que compõem o cenário da mineração estão cada vez mais fortalecidas e o aprimoramento das tecnologias contribui para uma consolidação constante do setor.

(*) Dominic de Souza é diretor comercial da Citra do Brasil, empresa nacional que completa 25 anos e atua na comercialização de tecnologias locais e internacionais para otimizar processos em empresas que atuam em segmentos como petróleo, portos, mineração, siderurgia, metalurgia do pó, ferroviário, agricultura e tratamento de superfície. www.citra.com.br

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