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Produtores rurais e indígenas ainda enrolados por Dilma e Cardozo

Por Ruy Sant’Anna | 30/05/2014 13:58

Se não bastasse todo esse furdunço de irresponsabilidade e jogo de empurra do governo de Dilma, os produtores rurais ainda amargam o prejuízo de praticamente terem perdido suas terras. Os produtores estão com suas terras invadidas por indígenas que, baseados em promessas mentirosas do governo Dilma acreditaram que “em breve” seriam os novos “donos” das terras que tomaram na força bruta.

Assim está esse rolo provocado pelo governo “democrático” do PT. Os índios sem nenhuma segurança jurídica e os produtores rurais taxados por alguns desinformados ou sacanas possivelmente instruídos para fazer esse papel irresponsável (ou não?) como se os produtores tivessem invadido terras indígenas.

Já escrevi de outras vezes e não é demais repetir que os produtores rurais (gente que produz riquezas e empregos no nosso estado), nunca invadiram nenhum palmo de terra indígena aqui no Mato Grosso do Sul. As terras invadidas pelos indígenas e outras ainda reclamadas pela FUNAI, CIMI e ONGs foram doadas pelo governo brasileiro e algumas com mais de 100 anos de títulos de propriedade.

Outra coisa, a imprensa nacional e internacional já noticiou em abundância que a Embrapa, empresa insuspeita pela sua seriedade e competência detectou terras tidas, por interessados nessa confusão, como se fosse terra indígena, mas de indígena não tem nada.

A Embrapa constatou que teve lugar aonde nunca existira índio, e que se comprovou tal existência somente quando a terra passou a ser reclamada como de “tradição indígena”. Outras onde tinham resquícios de utensílios indígenas, após exames científicos, se constatou que o tempo que foram deixados lá, é muito recente.

Existem outras situações incríveis que precisariam de muito espaço para ser narrado aqui com detalhes de provas levantadas dentro das terras reclamadas como “autenticamente” indígenas.

A situação de incerteza e desamparo dos indígenas é triste, mas não é nem de longe responsabilidade dos produtores rurais. Cabem sim à FUNAI, seus escalões hierárquicos e CIMI resolverem essa questão que se arrasta irresponsavelmente por culpa do governo federal.

O governo de Mato Grosso do Sul até interveio para ajudar, porque essa é uma área de (in) competência federal. O governador André Puccinelli abriu crédito através da Assembléia Legislativa para facilitar ao governo federal a compra das terras particulares e transferência do patrimônio para a União. E governo fez tanta firula, montes de embromação e nada de nada para a solução.

Os produtores rurais estão desalojados de suas terras, sofrem prejuízos com perdas de bens materiais e de tradição familiar, como fotos de antepassados, vários utensílios etc. Pior que tudo é a humilhação que enfrentam dia a dia, com promessas sem vergonha, viagens e reuniões inúteis para eles. Proveito quem acha que tem são as mentes pervertidas que acham que é bonito ser feio, moral e èticamente.

Acho que de promessas, os produtores rurais e os indígenas estão cheios. Pior é que o ministro da Justiça, segundo a imprensa, colocou seu nome para “avaliação” da presidente Dilma como candidato á vaga do ministro Joaquim Barbosa, no STF. Aí se juntam dois ingredientes complicadores: a campanha para tentar reeleger dona Dilma e o foco do ministro da Justiça para “se sacrificar” pela Justiça no STF.

Que Deus ajude aos produtores rurais e indígenas diante da declaração do cacique Uilton Tuxá, da Bahia, que esteve em comissão com o ministro da Justiça, reclamando também por regularização de terras. Pois, parece que o que disse no parágrafo anterior deve se confirmar com o ministro querendo enrolar ainda mais. O cacique disse que aquela reunião foi a “pior” reunião com o governo federal da qual participaram. Informou também que o ministro Cardozo “não vai assinar nada. Que vai insistir na tentativa de construir mesas de diálogos”. Diálogos? Ou uso da guilhotina “democrática” onde produtores rurais e indígenas entrarão mais uma vez com o pescoço e o governo com a guilhotina?

Por essas e outras, cada vez mais me convenço de que o governo de Dilma é incompetente. No geral, além desses problemas, não podemos dar uma de tartaruga tentando esconder o pescoço se escondendo na casca. Cada um deve fazer a sua parte. A definitiva para as agruras dos brasileiros deve ser definida a 5 de outubro, no voto, para apear esse governo. Que os produtores rurais e indígenas sul-mato-grossenses não desanimem da Justiça, não da do Ministério. Tenhamos um excelente fim de semana com a próxima igualmente próspera e feliz. Dou a todos os irmãos sul-mato-grossenses o meu bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna, jornalista e advogado.

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