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Qual o custo da moral?

Por Elizio Brites (*) | 16/01/2011 08:00

Setembro do ano passado ficou na história de Dourados com a prisão por corrupção ativa e passiva de autoridades do executivo, legislativo, e de revelações bombásticas nas gravações da Polícia Federal que fizeram tremer os poderes das instituições públicas envolvendo o Governador reeleito André Puccinelli, Desembargadores, Assembléia Legislativa e o Procurador de Justiça Miguel Vieira.

A sociedade ainda espera pelos resultados das investigações do CNJ, CONAMP, e Procuradoria Geral da República que também entrou no caso, com acompanhamento de representantes da sociedade civil organizada e movimentos sociais.

Se gasta rios de dinheiro comprando apoios políticos e dirigentes de siglas de aluguel, mesmo causando indignação e revolta popular na totalidade dos douradenses que perplexa quer saber:

De onde vem tanto dinheiro? Qual a origem desse dinheiro? Porque candidatos que receberão 13 mil reais mensais, e multiplicados por 22 meses do mandato tampão o total de 286 mil reais, declaram na Justiça eleitoral que devem gastar até 4,8 milhões na campanha do mandato tampão?

O eleitor tem o direito de saber qual a lógica dessa gastança toda e de onde vêm os recursos declarados na justiça eleitoral. Ainda mais quando as principais instituições públicas foram envolvidas em escândalos que ainda não foram esclarecidos, ou quem sabe esclarecidas já foram. Apenas aguardamos as punições exemplares e a devolução dos recursos públicos desviados ilicitamente.

Só para que os eleitores reflitam o valor declarado pelos candidatos a prefeito na eleição do mandato tampão corresponde a 368,4 meses ou 30,7 anos de salários do Prefeito à razão de 13 mil mensais.

É com esse discurso que pretendem moralizar a administração de Dourados?

Lógica: Quem menos gastar para se eleger prefeito terá maior legitimidade para administrar com independência, contratar bons técnicos e fazer as mudanças moralizadoras necessárias.

(*) Elizio Brites é empresário e bacharel em Direito.

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