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Quando a saída é empreender

Por Jhonata Emerick (*) | 22/11/2015 09:00

Só neste ano, cerca de 3,5 milhões de trabalhadores perderam seus empregos no Brasil. De acordo com o IBGE, no segundo trimestre a taxa de desemprego alcançou a marca de 8,6%, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, representando um problema para o país, que já atravessa um momento de dificuldade econômica, instabilidade política e recessão persistente.

Dificilmente esse contingente conseguirá ser absorvido pelo mercado, no curto prazo pelo menos, uma vez que o atual cenário econômico não deverá mudar até 2017 e, consequentemente, a geração de novos postos de trabalho também ficará comprometida nos próximos anos.

Ainda assim, muitos brasileiros estão otimistas quando se trata de investir no próprio negócio. Hoje, graças às diversas plataformas que fazem a intermediação entre os prestadores de serviços e consumidores, os microempreendedores individuais estão engordando as estatísticas, que mostram que trabalhar por conta própria, apesar das exigências, acaba sendo uma boa solução.

Ainda de acordo com dados divulgados pelo IBGE em agosto, 19,8% da população ocupada, ou seja, 4,5 milhões de pessoas, passaram a atuar como profissionais autônomos. E segundo um levantamento realizadopela DataMiner, empresa da Check Express,a região Sudeste responde por 50,5% do total de MEI ativos até o início de outubro, sendo que cerca de 1,3 milhão foram constituídos no estado de São Paulo.

José Mário Ribeiro, presidente da Check Express, aponta que hoje, do total de pequenos negócios, 53,3% pertencem ao setor de serviços, onde se enquadram, por exemplo, taxistas, pedreiros, eletricistas, trabalhadores da área de limpeza e motoboys. No caso específico dos motoboys, somente no estado de São Paulo, existem mais de 11 mil atuando como MEI. Em Minas Gerais, esse número é de 4.150 e no Rio de Janeiro, pouco mais de 3.100. Ainda de acordo com a pesquisa, em São Paulo, há três anos mais de 3 mil motoboys tinham emprego formal e hoje são microempreendedores individuais, ou seja, quase 30%.

Número que tende a crescer por conta dos benefícios que as plataformas online oferecem, principalmente com relação ao ganho mensal desse profissional, a liberdade dele definir sua jornada de trabalho e a região da cidade que gostaria de atuar, entre outros. Obviamente que, apesar de todas as facilidades, alguns marketplaces têm exigências. No exemplo do motoboy, além da vontade de trabalhar, aspecto fundamental para um empreendedor, ele precisa ter o Condumoto, que é o certificado de capacitação do condutor no transporte de pequenas cargas.

O fato é que muitas oportunidades surgem em momentos de crise. O importante é não se desesperar e lembrar que sempre existe uma luz no fim do túnel, principalmente para quem tem vontade de superar e vencer. O primeiro passo é estudar o mercado e detectar como você pode contribuir para ele, oferecendo algo inovador e que, em contrapartida, seja rentável. Para isso, a tecnologia é uma ferramenta que vem se mostrando muito eficaz no cenário atual, contribuindo para o empreendedorismo em todo o Brasil.

(*) Jhonata Emerick é CEO e fundador da 99Motos, empresa brasileira focada no mercado B2B (e-commerce, delivery, medicamentos, malote e documentos) para entregas expressas sob demanda, no mesmo dia, por meio de moto, bicicleta e van.

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