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Ressurge a tríplice aliança

Por Gilson Cavalcanti Ricci (*) | 05/07/2012 08:10

Vergonhosa e preocupante a recente decisão da cúpula do Mercosul em suspender o Paraguai daquele bloco regional, como retaliação ao impeachment de Fernando Lugo, parceiro de Lula e Hugo Chaves no comando da guerrilha ideológica regional. É ato radical perpetrado sem respaldo jurídico, que põe em risco a harmonia reinante entre brasileiros e paraguaios, consolidada desde a construção de Itaipu.

A esquerda marxista, representada por Dilma Rousset, Cristina Kirchner e José Mugica, agiu rapidamente ao ver-se atingida em seus brios diante do procedimento democrático do Congresso do Paraguai ao empossar na presidência da república Federico Franco – um liberal democrático, não alinhado às falanges do comunismo internacional.

A cúpula esquerdista foi mais longe: ao suspender o Paraguai incluiu no Mercusul a Venezuela, país dominado pelo pândego Hugo Chaves – devoto da ditadura comunista cubana -, que domina o povo venezuelano pela demagogia há mais de dez anos seguidos, disposto a continuar no poder enquanto quiser. Tal decisão dos atuais donatários do Mercosul constitui verdadeira infâmia aos povos do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai – os mesmos protagonistas da maior tragédia sul-americana do passado.

Nesse episódio negativo às boas relações entre povos irmãos, está muito clara a interferência de Lula na infeliz decisão de sua serviçal Dilma Rousset. Tal procedimento inoportuno atinge moralmente os brios dos povos brasileiro e paraguaio, quando ambos se harmonizam em suas boas relações diplomáticas, sociais e comerciais, constituindo a suspensão do Paraguai ato altamente discriminatório, que mostra ao mundo a sanha sinistra de seus inconsequentes signatários.

Fere de morte o princípio internacional de soberania dos povos, eis que o impeachment de Lugo - decretado pelo Congresso Nacional e ratificado pela Suprema Corte de Justiça -, é ato de soberania do povo paraguaio, que não admite a ingerência externa nos assuntos daquele país, como essa famigerada intervenção praticada pela arrogante cúpula do Mercosul. Tal situação se assemelha em muitos aspectos ao impeachment de Fernando Collor, que também teve a mesma conotação política, mas não sofreu restrição de nenhum governo estrangeiro, muito menos do governo paraguaio, que reconheceu formalmente a decisão soberana do nosso Congresso Nacional.

Sou brasileiro legítimo. Amo minha Pátria com todas as forças do meu coração, o que me impede de assistir passivamente tão sórdida provocação contra o povo paraguaio, mormente aos paraguaios e descendentes residentes em Campo Grande, que nos dão grande exemplo de cidadania, pois a ignóbil decisão dos títeres da esquerda marxista atinge também a nós brasileiros, colocando-nos cabisbaixos diante dos nossos amigos da Colônia Paraguaia, razão porque consigno meu veemente protesto contra a insânia dos ditadores do Mercosul.

(Gilson Cavalcanti Ricci é advogado)

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