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Santa Ca(U)sa V, por Heitor Freire

Por Heitor Freire (*) | 02/07/2011 06:03

Dando continuidade a nossa série de artigos sobre este tema, e confirmando o que sempre afirmamos: a história da Santa Casa é um ato de amor, transcrevo “ipsis litteris”, um artigo escrito por Sebastião Parente Teles, funcionário da Santa Casa desde 1978, e que em 1º de outubro de 1998, encaminhou aos setores responsáveis, à imprensa, e à diretoria da Associação, um S.O.S., onde fez uma radiografia da situação e propondo com muita propriedade o que ele considerava como medidas indispensáveis. (as mesmas, coincidentemente em muitos termos, que a nossa Associação propõe hoje).

“SALVEM A NOSSA SANTA CASA - A SOLUÇÃO ESTÁ AQUI.

A solução estará aqui:

Quando: Seguirem as palavras de um diretor, - Não deixemos as mágoas e rancores tomarem conta dos nossos corações.

Quando: As vaidades e os orgulhos próprios ficarem de lados e pensarem somente na nossa Santa Casa.

Quando: Perceberem que a Santa Casa é a maior do Centro-Oeste e a quarta maior do Brasil.

Quando: Perceberem que a Santa Casa é nossa, município, estado, associação, funcionários, médicos e sociedade.

Quando: Tomarem conhecimento e respeitarem a História da nossa Santa Casa.

Quando: Tomarem conhecimento que aqui dentro temos profissionais em todas as áreas: hospitalar competente e que tem amor pela instituição, e conhecem cada corredor e cada metro quadrado da nossa Instituição.

Quando: Todos que se dizem interessados lutarem do mesmo lado, ou seja, puxar a corda para o mesmo lado.

Quando: Na associação tiver representantes realmente da sociedade organizada, tais como, ministério público estadual e federal, secretaria de saúde municipal e estadual, conselhos regionais de: Medicina, Contabilidade, Administração, Enfermagem, Farmácia, outras instituições como, de Juizes, Procuradores, Cdl, Rotary, Lions, Maçonaria, Sesi, Câmara Municipal, Assembléia Legislativa e Outros.

Quando: Todos perceberem que o problema é nosso e não “deles”.

Quando: Perceberem que se o “barco afundar” nós que estamos aqui afundaremos junto.

Quando: O corpo clinico for visto como um aliado e não como um inimigo.

Quando: A Santa Casa for vista como empresa, mas nunca se esquecer da sua missão e história.

Quando: Pensarmos em ter um museu, que conte a história da medicina em CG, materiais, equipamentos.

Quando: Os dirigentes buscarem ajuda “lá fora”.

Quando: Os diretores se apresentarem, responderem e serem reconhecidos como diretores de uma empresa”.

Eis aí caros leitores o brado de alerta e o pedido de socorro formulado, volto a enfatizar em 1º de outubro de 1998, bem antes da famigerada intervenção ocorrida em 2004. Não sei os motivos pelos quais a diretoria de então não considerou o brado do Sebastião. Esta diretoria atual, presidida pelo arquiteto Wilson Teslenco, tem basicamente as mesmas idéias.

Para prosseguir na caminhada para reassumir a Santa Casa, qualificando-se para atingir um nível de excelência, nossa Associação promoveu um debate sobre a situação atual, na Câmara Municipal, com a presença do deputado federal Darcísio Perondi, presidente da Frente Parlamentar da Saúde, da Câmara Federal.

Presentes também estavam os deputados federais Geraldo Resende e Luiz Henrique Mandetta, tendo como local o plenarinho Edroim Reverdito, perante a Comissão Especial criada pela Câmara de Vereadores presidida pelo vereador Loester Nunes. Coordenou a reunião o vereador Athayde Néri. Presentes os vereadores Paulo Pedra, Alex do PT, Thaís Helena, Lídio Lopes.

Foi revelada recentemente a notícia do pedido de demissão de Jorge Martins, ex-presidente da junta interventora. Segundo os jornais foi nomeada em seu lugar, uma junta interventora composta pelo médico Issan Moussa – que vem de uma administração vitoriosa na Maternidade da Cândido Mariano – e os dentistas Antônio Lastória e Nilo Sérgio Laureano Leme.

De qualquer maneira, senhor prefeito, a situação permanece embora possamos identificar um avanço nos moldes em que se está estruturando o novo desenho administrativo. Mas vamos aproveitar a oportunidade para unir as forças: da nossa Associação, do poder público, da nossa sociedade, constituídas pelos usuários, pelo sindicato da enfermagem, pelos médicos, pelo ministério público, com uma gestão compartilhada para trabalharmos juntos e envidarmos esforços para tentar resolver essa situação cada vez mais angustiante.

Cada vez mais se percebe em todo o nosso planeta que o amor é a religião do século 21. Silenciosamente, do coração de cada pessoa, ele brota, devagar, mas constantemente, conscientemente, promovendo a grande revolução para a evolução da humanidade.

É uma grande conspiração espiritual. Vem de dentro para fora. De baixo para cima. É uma operação global. E é a única forma de se conseguir realizar a verdadeira transformação. No silêncio e na humildade tem o poder de todos os oceanos juntos. O trabalho é lento e silencioso, mas constante. E é o grande mandamento pregado por Jesus.

Vamos cumpri-lo.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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