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São Frei Galvão: uma vida de milagres

Por Felipe Aquino (*) | 24/10/2016 14:43

Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Frei Galvão, nasceu em Guaratinguetá (SP) em 23 de dezembro de 1739. Fez parte de uma família de muitas posses. Foi descendente dos primeiros povoadores da Capitania de São Paulo, tendo, portanto, sangue bandeirante. Seu pai era profundamente religioso. Um imigrante português que também foi Capitão-mor da cidade. Sua mãe, Dona Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, o famoso "caçador de esmeraldas".

Frei Galvão ingressou na Ordem Franciscana. Fundou, em 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, hoje o Mosteiro da Luz, na capital paulista. Este mosteiro foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em inglês, Unesco.

Numa ocasião, Frei Galvão, inspirado por Deus, escreveu num pedaço de papel a frase em latim do Ofício da Imaculada, que poderia ser traduzida assim: "Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta. Mãe de Deus, interceda por nós!". Enrolou o papel em forma de pílula e deu a um jovem que estava quase morrendo por fortes cólicas renais. Imediatamente cessaram as suas dores e ele expeliu um grande cálculo. Noutra ocasião uma senhora lhe pediu orações e um remédio para outra mulher, que estava sofrendo muito no seu trabalho de parto. Frei Galvão fez novamente uma pilulazinha, e a criança nasceu rapidamente.

Na imensa relação de graças alcançadas por intermédio de Frei Galvão, no Mosteiro da Luz, a maioria se refere a curas de câncer, problemas por cálculos renais, gravidez e parto, além de casais que não conseguiam ter filhos e foram atendidos.

Em 1770, Frei Galvão foi convidado para fazer parte da Academia Paulista de Letras. Na segunda sessão literária, realizada em março de 1770, ele declamou com sucesso, em latim, dezesseis peças poéticas de sua autoria, todas dedicadas à Santa Ana.

Frei Galvão morreu em 1822. A Capitania de São Paulo, onde ele viveu sessenta dos seus oitenta e três anos, o velou no Mosteiro da Luz. Participaram mais de 3 mil pessoas, sendo que a população da cidade não passava de 25 mil habitantes. Os fiéis recortaram pedacinhos da sua batina e retiraram pequenas pedras de seu túmulo como lembranças. Pedaços das pedras do seu túmulo, mergulhadas em água, serviram para fazer um remédio que deu esperança de cura a muitos pacientes.

O Papa Bento XVI o canonizou no Campo de Marte, em São Paulo, em 11 de maio de 2007. Ele se tornou o primeiro santo que nasceu no Brasil. Sua festa litúrgica é celebrada em 25 de outubro.
Durante sua vida, diversos milagres foram atribuídos a ele. E como era um homem de intensa oração, alguns fenômenos parapsicológicos, com telepatia e premonição e místicos como levitação, entre outros, lhe foram atribuídos.

Casos de bilocação também ocorreram em sua vida. Segundo relatos, ele se fazia presente em dois lugares diferentes ao mesmo tempo, para cuidar de enfermos ou moribundos que clamavam por sua ajuda.

(*) Felipe Aquino é professor de física e matemática, autor de mais de 70 livros e apresentador dos programas “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos” na TV Canção Nova e “No Coração da Igreja”, na Rádio Canção Nova; em julho de 2012 recebeu o título de “Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno”, concedida pelo Papa às pessoas que se destacam, no seu trabalho, em prol da evangelização, em defesa da fé e o desenvolvimento da Igreja Católica

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