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Saúde pública não pode nos tratar como pessoas de segunda classe

Por Ruy Sant’Anna (*) | 24/06/2013 09:13

O povo quer ter acesso a um sistema de saúde confiável. Ninguém quer ser tratado como cidadão de segunda classe. Exige-se não ser tratado por médicos que não tenham provadas suas eficiências e eficácias no trato da saúde pública brasileira.

Ao invés de mandarmos embora os médicos “importados”, com formações duvidosas, que os contratos criminosos não sejam firmados, se não forem provadas suas eficácias profissionais conforme manda a lei.

Além dos exames probatórios dos médicos “importados” a presidente Dilma também deve às cidades interioranas que os postos de saúde e hospitais tenham aparelhadas e/ou reaparelhadas suas instalações, com medicamentos necessários.

Que se evite a aparente solução da falta de médicos nas cidades do interior, como exigiram os profissionais portugueses que só aceitam vir se puderem ir aonde e quando bem entender. Não querem ter compromisso com determinadas cidades. Tai a porta aberta, com prato cheio para os cubanos que pretendem vir para o Brasil.

Os comandados pela ideologia cubana teriam um campo aberto para exercitarem suas teorias manipuladoras sobre a população, com total liberdade.

A pergunta: qual o país que permite tal sandice como a que quer Dilma contra o povo e o país? A soberania nacional não pode se subjugar, nem a título de suposta experiência.

O Conselho Federal de Medicina, a Associação Nacional dos Médicos Residentes e Federação Nacional dos Médicos, assinaram um manifesto onde afirmam que a medida da presidente para trazer milhares de médicos estrangeiros “tem valor inócuo, paliativo, populista e esconde os reais problemas que afetam o SUS (Sistema Único de Saúde).”.

Promessas e queixas, decepções da população e dos profissionais de saúde é o que mais se ouve e vê no país.

Um médico de cidade no Amapá, Juan Gorena, é o único médico que atende o município de Amapá (AP), com cerca de 8.000 habitantes. O Estado em que trabalha tem o segundo pior índice de médicos por mil habitantes do país (0,76), segundo o Ministério da Saúde.

Mesmo trabalhando sozinho, o boliviano formado em Minas Gerais não acredita que o programa do Ministério da Saúde para trazer médicos estrangeiros ao país vá resolver o problema.

Ele comentou que a maior falta é a de condições de trabalho."Temos falta de medicamentos, de esparadrapo, de agulhas. Falta tudo. Não podemos fazer cesarianas porque não temos equipamento de cirurgia", reclamou.

A cada instante o governo nos surpreende desfavoravelmente. Um diretor do Ministério da Saúde afirmou que a vinda de médicos estrangeiros não acabará com o déficit de médicos na atenção básica da população.

Essa observação foi feita num encontro do diretor Hêider Pinto, coordenador de área do Ministério da Saúde, com a Denem, entidade de representação dos estudantes de medicina do país, e foi parar na internet. O encontro aconteceu há três semanas aproximadamente.

O diretor Hêider defendeu alguns aspectos do programa do governo federal. Mas, concorda que a vinda desses profissionais não atenderá a demanda futura. A conversa foi gravada pelos estudantes e postada no YouTube.

O diretor fez outra declaração, mais bombástica: "A presidente Dilma Rousseff exigiu que a gente fizesse um plano para que, em 2020, cobríssemos toda a população brasileira", disse.

E os médicos brasileiros e a população? Ah, o governo federal com a invasão que pretende é dar a falsa ideia de solução dos problemas da saúde. Depois, deverá inundar o país e o mundo com propaganda falaciosa, para abafar mais problemas.

Dilma não quer resolver o problema da saúde pública. Quer entupir o país com médicos “importados” para satisfazer seu orgulho ideológico perante o mundo.

“Pretende discutir a possibilidade de abrir novas faculdades de medicina” e “discutir” a oferta de bolsas de estudos melhor remuneradas para médicos que aceitem fazer residência em povoações rurais”. Veja a falsidade em tais ideias: se ela quisesse já teria planos para esses velhos problemas.

O Brasil não tem falta de Faculdade de Medicina. Veja que há pouco tempo o Ministério da Educação chegou a propor fechar algumas Escolas de Medicina, “pelo excesso” desses estabelecimentos no país. E se forem abertas a possibilidade para novas faculdades veja o tempo que o Brasil perderia até que a primeira turma seja formada e depois seus formandos frequentem os estágios e/ou residência médica?

Não, Dilma não fala sério. Ela quer é inflacionar o país com médicos “importados”. Ela tem o queixo duro demais para o cargo que ocupa.

Por que não trabalha objetivamente na solução ao invés da enrolação? O CFM sugeriu ao governo federal para que seja criada uma política de fixação de médicos brasileiros no interior brasileiro. O país precisa de melhor estrutura de trabalho e da criação de uma carreira federal de medicina.

O governo está muito afobado por causa do sufoco das reclamações do povo e pelas eleições de 2014.

Enquanto isso, o povo tem tempo para barrar esse empurrão da democrata presidente Dilma. E por essa identidade de aspirações com os coestaduanos e demais brasileiros dou-lhes meu bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna é jornalista e advogado.

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