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Só vinte centavos? é muito mais que isso!

Por Ruy Sant’Anna (*) | 18/06/2013 14:44

O que mais chama a atenção é que o País não tem dinheiro para concluir e/ou duplicar as pistas das BRs-381, 101, 163 verdadeiras estradas da morte; nem para concluir a transposição das águas do São Francisco, miragem do ex-presidente da República.

Contraditoriamente, tem muito recurso para a Copa e para empregar em países africanos e Cuba, com dinheiro sem retorno. A Copa já comeu 28 bilhões de reais.

Uma imensidão de reais, fruto do suor e do sacrifício dos cidadãos, está sendo investido no projeto eleitoral do PT. Esse exibicionismo para uso interno e externo, tenta mostrar que somos realmente grandes, capazes e poderosos.

É o resultado de quem vive na “ilha da fantasia do Planalto”. Vive e patrocina o mundo da fantasia, enquanto os problemas essenciais permanecem insolúveis.

Há cerca de 60 anos, o Maracanã foi construído para ganhar uma Copa da FIFA, e perdemos na própria capital da República.

O governo da presidente Dilma, sob análise política marqueteira, sabe que a derrota da seleção brasileira em 1950, à época da inauguração do Maracanã, estaria entalada na garganta do brasileiro. Com isso chegou à conclusão de que com a demolição do “símbolo da derrota” (o Estádio Maracanã) e com a possível vitória da Seleção do Brasil, a presidente teria sua imagem aplaudida pelo povo.

Para o governo esse é o plano número um. Tudo deve ser esquecido com uma possível vitória da Seleção brasileira...

Para a presidente Dilma, esse é o seu momento político eleitoral para vencer a qualquer custo em 2014.

A Copa das Confederações pode se constituir num grande trunfo para a reeleição de Dilma. Ou será mais uma frustração nacional, independentemente do futebol, por culpa da ganância política eleitoral desenfreada?

A utopia do povo foi derrubada pelo PT que hoje faz acordo com qualquer um para se manter no "poder" e esquece sua origem. Jean-François-Paul de Gondi, o Cardeal de Retz, Montmirail, França, 1613-Paris, 1679, disse: “quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perde o respeito”. Por isso talvez as vaias à presidente.

O grande erro da imprensa foi ter se calado diante do desrespeito à Lei do Tombamento, na derrubada do Maracanã pela presidente Dilma, que tramou a destruição daquele monumento, com o renascimento do novo estádio. Sem justificativas legais, e com aproximadamente R$ 1.000.500.000.00 de gasto, com aditivos de contrato e outros problemas. Esse foi mais um dos desrespeitos às leis brasileiras pela presidente que à imprensa diz que “o governo respeitas as leis”...

O que ajudou a entornar o caldo da indignação popular foi os R$ 0,20 (vinte centavos), apenas um símbolo. De verdade existe a revolta contra a corrupção; ausência de política efetiva para a educação, a saúde, segurança e transporte coletivo. O movimento ordeiro é contra a estrutura das estradas, portos, aeroportos, que de um modo geral estão num bagaço só.

A luta pacífica quer acabar com as agressões na saúde que paga pessimamente aos médicos, enfermeiros, e hospitais; com o sistema prisional de adultos e jovens que está aos pedaços e entupido de fezes e gente.

A minoria que depreda, comete crimes, não tem nenhuma razão ou direito legítimo que defendam.

O povo quer cadeia aos condenados no mensalão e restituição da verba roubada.

Exige respeito do governo ao idoso e aposentado que é o elo mais fraco na sociedade brasileira. O aposentado e pensionista não têm como exigir melhoria de proventos nessa onda de inflação que come seu pouco dinheiro, que cada ano diminui no ganho; eles não vivem sobrevivem. A Nação reclama contra a falta de respeito ao seu povo em geral.

Bastou um entendimento entre o governo estadual de São Paulo e lideranças do movimento reivindicatório paulistano, para prevalecer o bom senso e a ordem. Restaram alguns baderneiros que ficaram isolados na arruaça.

A presidente Dilma falando sobre o movimento nas ruas do Brasil, parecia estar falando sobre um País imaginário. Só faltava ela vaiar a presidente do País do qual se queixava.

Assim, me posiciono contra a baderna e a favor de movimentos reivindicatórios ordeiros e justos, unido ao sentimento patriótico brasileiro, e dou bom dia, o meu bom dia pra vocês. Por um Brasil melhor.

(*) Ruy Sant’Anna é jornalista e advogado.

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