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Somos todos um

Por Heitor Freire (*) | 13/01/2016 18:10

Nós todos somos parte de um Todo indivisível. Há uma rede que nos liga, de forma imperceptível, provocando, naturalmente, uma influência em todos de cada um dos nossos atos, pensamentos e palavras. Quando a humanidade entender e aceitar essa condição intrínseca do ser humano, vai haver uma evolução imediata, instantânea, simultânea que irá nos enriquecer de forma muito significativa.

Uma prova disso são as descobertas simultâneas, ou seja, descobertas idênticas ou similares feitas aproximadamente ao mesmo tempo, por pessoas diferentes em lugares separados, o que não é incomum nos tempos modernos, e suas circunstâncias têm sido investigadas.

Elas podem ser explicadas por um “ancestral” comum de problemas e/ou instrumentos: seus “descobridores” procuravam resolver os mesmos problemas, e estabeleceram seus pontos de partida e inspirações nas mesmas fontes e necessidades.

A única diferença, neste aspecto, entre o passado distante e o presente é que no passado tudo ocorreu muito mais demorado do que agora, e hoje contamos estas simultaneidades em meses e anos, em vez de séculos.

Um bom exemplo disso é o surgimento da escrita. Vemos o desenvolvimento de uma escrita de forma simultânea entre os egípcios, os mesopotâmicos e os chineses. E cada uma dessas culturas com uma escrita própria e peculiar.

O que acontece é que esses estudiosos estão tocando em uma espécie de inconsciente coletivo. Eles estão “sintonizados com as margens da evolução da nuvem” de informações a que estamos todos conectados.

Por volta de 500 a.C., considerado o século de ouro, grandes pensadores, filósofos, e líderes religiosos emergiram. Buda, Sócrates, Lao Tse, e outros, contribuíram grandemente para o desenvolvimento da civilização humana com vastas diferenças entre eles — da Grécia à Índia, à China. Talvez o tempo estivesse maduro.

Dentro dessa ordem de coisas, recebi um texto atribuído a um índio quéchua, Chamalu. Os Quéchuas formavam com os Aymarás e os Incas o Império Inca e representavam com muita propriedade a sabedoria dos povos indígenas. Parece que esse nome Chamalu é o pseudônimo de um filósofo boliviano, Luiz Ernesto Espinosa.

O que importa, no caso, é o entendimento alcançado e o ensinamento transmitido. Chama-se DECLARO ME VIVO.

“Somos muitos.
Somos todos, somos tudo
Amar é a missão
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava.
Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.
A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.
Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum.
Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz. Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.
Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado.
A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa. Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar.
Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.
É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós.
Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.
Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha.
As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.
A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.
Peço-lhes perdão, mas...
DECLARO-ME VIVO” .

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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