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Um projeto ideológico para o crime

Por Valfrido M. Chaves (*) | 01/04/2014 10:11

Tenho, constantemente, leitor, aqui e outros órgãos da imprensa, falado sobre a responsabilidade do Estado brasileiro na sistemática violação de direitos de brasileiros que, no campo, autorizados pelos órgãos competentes, acreditaram, compraram, pagaram, produziram e aqui construíram suas vidas.

Esses brasileiros têm sido expulsos de suas casas e terras onde trabalham, visto seus bens queimados, saqueados, seus laranjais depredados por arrendamentos para gado, cercas e currais desmanchados para venda de madeira. Tais brasileiros são encurralados por milícias indígenas com técnicas elaboradas de terrorismo, financiadas, organizadas, incentivadas e toleradas por setores do Estado brasileiro, bem como entidades religiosas.

Tenho batido na tecla do desinteresse deste governo em interromper a semeadura de ódios e mais injustiças, apontando a ideologia encastelada hoje no poder como a responsável pela manutenção e aguçamento do chamado “conflito indígena”.

Neste ponto, sei do que falo. Compartilhei, vi, ouvi as manifestações ideológicas daqueles que promoveram a “luta armada” contra o regime militar, inclusive sendo, como eles, vitima da dura repressão. Nunca, nunca falaram em “redemocratização”.

Encerraram os “movimentos de massa” e partiram para os “aparelhos” da luta armada após constatarem que as passeatas e discursos estariam apenas “propiciando o crescimento da direita progressista”. Ou seja, dos milhares que se opunham ao regime, sem abraçar a causa dos que, pelo terrorismo, tentaram trocar uma ditadura por outra, totalitária e socialista. Testemunhei, vi e ouvi quando tais decisões foram tomadas.

Esses heróis estão no poder, alguns deles hoje presos pela prática da corrupção e desvio de recursos públicos, em busca de mais poder. Se mataram, assaltaram bancos, porque não corromper e mentir? Por isso ainda continuam heróis, com direito a pose de punho fechado e aplausos da militância. Acabaram de dar uma dinheirama para o MST invadir o STF.

Fecham os olhos ao financiamento, organização, treinamento das milícias indígenas e seu armamento. Faz parte dessa prática revolucionária transformar a mortandade entre os índios, resultado da política indigenista, em “mortes no conflito por terras”. Isso é difundido no mundo, por setores do Estado e, pasme o leitor, entidades religiosas.

Embora o campo brasileiro seja o grande produtor de riquezas, levando fartura às mesas e dindin para o financiamento de portos e verbas secretas para Cuba, após anos de achincalhe pelo MST, agora é através do conflito indígena que, contra nós, se intenta promover o ódio e criar a insegurança jurídica.

Brasileiros e imigrantes de todos os quadrantes foram trazidos para o sertão do Mato-Grosso, para povoar e guarnecer fronteiras, tanto pelo Império como pela República. Hoje são objeto dessa semeadura de ódios e violação de todos os direitos humanos, ora com a tolerância, ora com a participação de setores estatais.

A invasão de Japorã, leitor, se deu logo após, num encontro promovido pelo TRF-3, ver-se membro do MPF, que seria o guardião da Constituição, lançar a tese de que “retomada não é invasão”. Confunde-se “proteção ao índio”, com acobertar crimes praticados por índios. A lenga-lenga da compra de terras para a expansão das aldeias continuará, pois não há interesse ideológico do governo em solucionar a questão.

O interesse é semear o ódio, desesperança, mais conflitos e impactar a propriedade privada. Os fatos passados, presentes e futuros não nos desmentem e não nos desmentirão. O que vemos não é crime, não é incompetência. É um projeto ideológico em marcha.

(*) Valfrido M. Chaves é produtor e pós graduado em política e estratégia Adesg/UCDB

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