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Vendas de fim de ano

Por Walter Roque Gonçalves (*) | 16/11/2016 13:54

O professor da faculdade de economia da USP (Universidade de São Paulo) Simão Davi Silber afirmou recentemente em entrevista ao Globo News que a economia chegou ao fundo do poço.

Zeina Latif, economista-chefe da XP investimentos, corrobora com a visão de Silber. Ela afirma, na mesma entrevista, que as previsões catastróficas do início do ano foram felizmente descartadas!

Pois, esperava-se um espiral inflacionário, calote da dívida, câmbio a mais de R$ 6,00 e inflação acima de 10%. Mesmo a economia sinalizando melhoras, os mesmos especialistas dizem que ainda há muito trabalho pela frente.

Mesmo com os sinais de reação da economia, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) prevê queda de 3,5% nas vendas neste fim de ano em relação a 2015.

Por consequência a abertura dos postos temporários de trabalho serão puxadas para baixo também: "Voltamos ao patamar de 2012, quando foram contratados cerca de 135 mil temporários para cobrir o movimento de fim de ano", lembrou o economista Fabio Bentes, da CNC, em nota oficial.

Como diz Ricardo Amorim, em entrevista à Fecomercio, as crises vêm e vão, contudo, elas impõem a necessidade de inovar, da eficiência e, gera oportunidades. Há setores como os de beleza, tecnologia, auditoria, lojas virtuais, alimentação fora do lar entre outras que comemoram números positivos apesar do quadro recessivo.

Por isso, antes de tomar para si a provável queda de vendas para este final de ano, faça uma análise pontual sobre o seu negócio: leia as publicações feitas para o seu setor; entenda como o quadro econômico nacional e regional afetam seu negócio. Esta análise sustentará as decisões de compra de produtos, níveis de estoques, estratégias de divulgação e contratação de temporários.

Uma outra dica é treinar seus funcionários, tanto os cativos como os temporários! É preciso que eles saibam tudo dos produtos e serviços que vendem: os benefícios, as vantagens, as características, as formas de pagamento e as principais objeções a serem contornadas.

Complementando o assunto é importante lembrar do conceito de ticket médio que, em sumo, é vender mais para cada cliente, para tanto, lembre-se de oferecer o adereço para o vestido, a meia para o sapato, a gravata para o terno, o brinco para combinar com colar e assim por diante.

Enfim, mesmo que para alguns a queda das vendas seja uma realidade quase inevitável, ainda estamos falando em bilhões de reais injetados na economia neste final de ano! Portanto, não deixe para última hora! Comece a preparar-se desde já! Lucra mais quem sai à frente!

(*) Walter Roque Gonçalves é consultor de empresas, professor executivo e colunista da FGV/América Business School de Presidente Prudente (SP)

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