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Violência e criminalidade, experiência em Nova Andradina

Flávio Katumi Nishikawa (*) | 27/09/2011 12:05

O Brasil, nos últimos anos, passou a estar associado, tanto no âmbito interno quanto internacionalmente, ao fenômeno do crime e da violência. Tal situação é evidenciada constantemente na mídia nacional e internacional, onde regularmente vemos veiculadas, matérias que mostram crimes violentos, ações de grupos e quadrilhas especializadas, assaltos a bancos, homicídios, enfim violência de toda forma, aliado a rebeliões de presos e ataques a policiais, inclusive, ultimamente, vemos rebeliões de menores, que, surpreendentemente, estão agindo com mais violência que os próprios maiores.

Em análise maior, temos que desde que o mundo foi criado e o ser humano passou a existir, também vieram os problemas sociais, então com certeza sempre existiram.

Vale lembrar que a violência e criminalidade, nos níveis registrados atualmente, não surgiu repentinamente, mas de forma lenta e gradual, impulsionada por uma série de fatores, sejam econômicos, como a falência de frigorífico que ocasionou milhares de demissões, gerando desemprego, fatores sociais como o distanciamento de ricos e pobres gerando mendigos que vivem na praça Brasil evidenciando a desigualdade social da falta de oportunidade e de aspectos relacionados a ampliação da vulnerabilidade social, no caso de Nova Andradina.

Temos também, os fatores institucionais relacionados à insuficiência do modelo estatal e a crise do modelo familiar, com evidente retração da igreja talvez devido a diversidade de crenças existentes, um grande exemplo é a desestrutura familiar, na manchete do Jornal Imagem temos o tema DIVÓRCIOS QUASE TRIPLICAM EM NOVA ANDRADINA.

Não podemos nos esquecer dos fatores culturais onde temos os problemas de origem histórica, conflitos éticos e de desordem moral, a demografia crescente e desordenada, com crescimento das taxas de natalidade e a expansão urbana súbita e desordenada.

 Violência e criminalidade, experiência em Nova Andradina

Aumentar o efetivo policial é apenas uma das alternativas, pois o que se ouve em todo lugar, é a falta de policial no lugar e momento certo, todos queremos uma viatura perto de nossa casa, de nosso serviço ou de nosso comércio, mas somente isso não vai se resolver porque o problema é mais uma questão social que policial. Temos ouvido a comunidade, a ansiedade em ver o policial militar nas ruas era elevado, foram implantados diversas modalidades e semanalmente temos usado de criatividade para aumentar a sensação de segurança e dar tranqüilidade aos cidadãos novandradinenses.

A partir do dia 16 de setembro do corrente, o tenente Renato passou a ser designado coordenador de policiamento de Nova Andradina e o tenente Felipe comandante da Força Tática, os quais já imbuídos da nova missão, de imediato saíram para as ruas com suas técnicas e táticas.

Isso é apenas parcela do que pode ser feito, pois estratégias policiais usadas no combate e prevenção de criminalidade e violência, são apenas mínimo do necessário, há necessidade do envolvimento da sociedade organizada com as Instituições existentes, família, sociedade, governo, igrejas e todas as organizações governamentais, incentivar a implantação de todas as atividades sociais possíveis para que os jovens saiam do mundo do crime, sendo que a Policia Militar já executa algumas ações como o PROERD, policiamento escolar que além de atividades de polícia ostensiva, realiza acompanhamento de casos e ministra palestras, e agora estamos em estudos, a implantação do patrulha mirim e escolinha de trânsito, lembrando que sozinhos somos nada.

No dia 07 de setembro, houve o desfile na cidade de Nova Andradina, com maciça participação popular, onde as entidades demonstraram suas preocupações com ecologia, saúde, educação e segurança pública, onde vimos portanto, que a sociedade também está fazendo a sua parte.

Por final, queremos salientar que a Policia Militar da Região do Vale do Ivinhema está sempre ao povo servir, seja na prevenção como na repressão, seja nas ações sociais, seja na prisão de marginais, e, desta forma, esperamos que todos também façam sua parte, você pai de família, entidade governamental e não-governamental, padre, pastor, cuide de seu filho, de seu rebanho, para que seja um bom filho e cresça em ambiente saudável, para que seja decente e tenha um bom futuro.

A Polícia Militar é o órgão constitucionalmente encarregado das missões de preservação da ordem pública, segurança e policiamento ostensivo para proteger o cidadão, a sociedade e os bens públicos em todo o Estado de Mato Grosso do Sul. Confie em sua Polícia Militar.

(*) Flávio Katumi Nishikawa é tenente-coronel, comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, em Nova Andradina (MS) e pós graduado em Gestão de Estratégias de Segurança Pública.

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