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Cidades

“Atitude do Papa foi ato corajoso e coerente”, diz sacerdote

Carlos Martins | 11/02/2013 11:25
O papa Bento 16 anunciou que vai renunciar ao cargo a partir de 28 de fevereiro. (Foto: Vaticano)
O papa Bento 16 anunciou que vai renunciar ao cargo a partir de 28 de fevereiro. (Foto: Vaticano)

O sacerdote diocesano da Paróquia São Francisco de Salles, Washington Eduardo de Oliveira, disse ao Campo Grande News que também foi apanhado de surpresa, mas entendeu a atitude do Papa Bento 16, de ter renunciado ao posto, como "um ato corajoso, coerente". “Acredito que não foi por doença, e sim pela idade. Ele se mostrou coerente, marcou até a data em que sairá, no dia 28 de fevereiro, às 20h. Tem a ver com a personalidade dele, ele é alemão, muito preciso”, ressaltou.

Oliveira disse que em muitas ocasiões o Papa Bento 16 não foi bem compreendido em suas declarações, talvez por problemas na tradução, ou na forma de se expressar do Papa. Um dos casos é quando o Papa se referiu à Igreja Católica, como sendo “verdadeira”, em relação às outras. Para o sacerdote, na realidade o Papa queria dizer que a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma, era “original”, ao lado da Igreja Ortodoxa Grega, que fica no Oriente.

Para Bento 16, segundo o sacerdote, as demais igrejas são comunidades cristãs afastadas. “Uma das coisas importantes feitas por Bento 16, é que ele tocou numa ferida aberta há mil anos, que é o Cisma do Oriente”, contou. “A Igreja nasceu no Oriente e com o apóstolo Paulo se expandiu e chegou a Roma e com o passar do tempo se uniu ao império romano. No Oriente permaneceu a Igreja Ortodoxa grega o que resultou no ano 354 em uma discussão diplomática”, complementou o sacerdote.

“O fato é que Bento 16 buscou em seu pontificado a união entre as igrejas, tanto de Roma com a Ortodoxa e também com os judeus e muçulmanos, além de buscar aproximação com a Igreja Anglicana”, explicou.

Para o sacerdote Washington Oliveira as articulações em torno da escolha do novo Papa devem começar logo. “Embora, formalmente, o processo seja iniciado a partir do dia 28 de fevereiro pelo cardeal Carmelengo [título que possui o Cardeal responsável pelas questões administrativas do Vaticano]”.

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