ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Em reunião sobre saúde nas aldeias, índios exigem saída de chefe da Sesai

Aliny Mary Dias e Aline dos Santos | 15/10/2013 11:10
Índios exigem saída de Nelson Olazar para iniciar diálogo (Foto: Marcos Ermínio)
Índios exigem saída de Nelson Olazar para iniciar diálogo (Foto: Marcos Ermínio)

Lideranças indígenas lotam o auditório do MPF (Ministério Público Federal) em Campo Grande na manhã desta terça-feira (15) para discutir a saúde indígena no Estadi. A reunião foi a saída encontrada pelo poder público para a saída dos índios que ocuparam a sede da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) durante 21 dias.

Seguindo as reivindicações feitas durante a ocupação que terminou há uma semana, os índios garantem que os diálogos só irão iniciar depois que o chefe da Sesai, Nelson Olazar, for demitido.

“Para começo de conversa nós queremos a demissão do Nelson Olazar. Se ele não sair, nós podemos até voltar a ocupar o prédio”, afirma o Cacique Branco, da Aldeia Babaçu de Aquidauana.

Além das lideranças, a reunião marcada para começar por volta das 11 horas conta com três procuradores do MPF e o secretário substituto da Sesai, Fernando Rodrigues da Rocha. De acordo com o representante, a vinda dele a Campo Grande é para cumprir o papel de ouvinte.

Nelson garante que não há processo administrativo contra ele (Foto: Marcos Ermínio)
Nelson garante que não há processo administrativo contra ele (Foto: Marcos Ermínio)
Fernando representa a Sesai em Brasília (Foto: Marcos Ermínio)
Fernando representa a Sesai em Brasília (Foto: Marcos Ermínio)

“Eu vim aqui para ouvir e até o momento não chegou a Brasília nenhuma denúncia concreta contra o Nelson”, explica Rocha.

Mesmo diante das reclamações dos índios, Nelson Olazar disse ao Campo Grande News que nunca ouviu reclamações a seu respeito. “Estou como chefe há 6 anos e nunca vi nenhum processo administrativo contra mim. A Sesai está em um momento de reestruturação e precisa de tempo”, explica o chefe da Sesai.

Sobre a demora nas melhorias do sistema de saúde das aldeias, Olazar admitiu que o processo é demorado. “Em saúde pública não se fala em amanhã, todo dia fazem melhorias”, completa Nelson.

De acordo com o procurador do MPF, Emerson Kalif Siqueira, o foco da reunião será exclusivamente a questão da saúde indígena e o conflito fundiário não entrará em pauta. A ampliação do serviço e a aplicação de recursos também serão discutidos.

Nos siga no Google Notícias