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Cidades

“Mesmo com polícia investigando polícia, acredito na justiça”, diz pai

Aline dos Santos | 09/06/2016 10:52
Preso em investigação de duplo homicídio foi encontrado morto em cela do Garras. (Foto: Marcos Ermínio)
Preso em investigação de duplo homicídio foi encontrado morto em cela do Garras. (Foto: Marcos Ermínio)

“Mesmo a polícia investigando a polícia, acredito na justiça. Acredito que a verdade sempre vem à tona”. A afirmação é de José Carlos de Barcelos, 54 anos, pai do preso encontrado morto no dia 25 de maio na cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), em Campo Grande.

Guilherme Barcelo, 31 anos, teria se enforcado com uma calça jeans horas após ser preso em um hotel. Ele era investigado num caso de duplo homicídio, ocorrido em Bela Vista.

Ontem, o responsável pela apuração da morte, o delegado Rodrigo Yassaka (titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) foi a Caracol e Bela Vista, onde ouviu, respectivamente, o pai e a esposa de Guilherme.

“Foi bem dialogado. O delegado foi muito profissional nas perguntas. O foco dele é realmente saber o que ocorreu. A gente sentiu confiabilidade, que realmente vai apurar com imparcialidade”, afirma José Carlos.

Segundo ele, que prestou depoimento na delegacia de Caracol, as perguntas foram sobre a personalidade de Guilherme. “Quis saber como era meu filho, se tinha problema com a polícia, a personalidade dele, se era nervoso, explosivo”, relata. O pai afirma que Guilherme não tem antecedente criminal.

Conforme a Polícia Civil, Guilherme parecia estar fora de si e tentou reagir. Depois, se negou a dar informações, sob alegação de que colocaria sua vida e da família em risco.

Também foi perguntado sobre a amizade do jovem com Oscar Ferreira Neto, que é filho de um vereador em Caracol, e tinha mandando de prisão temporária. Ele também é alvo da investigação sobre os assassinatos do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva e do servidor Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, apontado como pistoleiro.

Conforme José Carlos, o caso do duplo homicídio não foi comentado durante os depoimentos de ontem porque essa investigação é feita pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios). Na apuração da morte também serão ouvidos policiais da Delegacia de Homicídios, que fizeram a prisão, e do Garras, onde o preso ficou custodiado.

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