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Cidades

Redação | 14/01/2010 20:59

O sofrimento tem sido constante na vida da empregada doméstica Celina Antônio Malheiro, de 44 anos, desde que em consequência de um erro médico, acabou tendo um cateter esquecido em seu corpo.

Há mais de nove meses com o instrumento de metal dentro dela, Celina tem agonizado diariamente. São febres, ataques de pneumonia e agora, um hematoma roxo que toma conta do braço e corre o risco de necrosar.

A empregada doméstica teve o cateter esquecido no corpo após ser submetida à colocação de intracath, um tipo de acesso ao sistema venoso para injetar soro e medicamentos, no pescoço.

Somente nove meses depois da cirurgia, Celina descobriu a existência do instrumento de metal e decidiu entrar em contato com a Associação das Vítimas de Erro Médico de Mato Grosso do Sul. A advogada da entidade, Giovanna Trad, acompanha o caso e no fim de dezembro do ano passado ingressou com ação de obrigação de fazer contra a Santa Casa, para que o hospital "conserte" o erro.

O problema é que os médicos já alertaram que a remoção do metal pode romper uma artéria ou comprometer o funcionamento dos órgãos de Celina, o que cria um impasse.

A ação foi impetrada com pedido de tutela antecipada, para que a Santa Casa realize o procedimento o mais rápido possível. Enquanto isso, Celina pode ter órgãos do corpo comprometidos caso uma artéria perto de onde o cateter está entupa; ela já passou por sete cirurgias.

A Justiça deu prazo de três dias para a Santa Casa se manifestar, a partir do momento em que recebesse a ação. Contudo, o hospital não emitiu um parecer de manifestação e por isso a associação entrou com pedido de perícia, que prova que a paciente precisa do tratamento com urgência.

O caso até agora não foi julgado pela Justiça, devido ao recesso forense. Só depende do resultado desse julgamento destino de Celina para que receba o tratamento ou continue agonizando, à espera, talvez, de um milagre.

Na semana ela teve hemorragia e o seu braço direito, por causa do hematoma, está muito comprometido. Como ela procura a Santa Casa e não obtém o tratamento, Celina já foi ao HU (Hospital Universitário) em busca de ajuda e lá foi informada de que precisa ser tratada por médicos na Santa Casa.

Para amenizar as dores, Celina estava tomando um anticoagulante que serve para afinar o sangue e impedir que ele fique grosso e tranque uma artéria. Mas há um tempo o medicamento provocou reação, atrapalhando o fluxo sanguíneo.

Por isso, Celina tem tomado a metade da dose e teme morrer até que a ação seja julgada.

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