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Cidades

Abertura no feriado divide consumidores e trabalhadores

Redação | 28/04/2010 16:33

A polêmica em torno da abertura de supermercados no 1º de maio (sábado, Dia do Trabalhador) divide trabalhadores do setor, consumidores e supermercadistas. Contrários ou favoráveis.

Alguns consumidores são solidários, desde que seja respeitado acordo para pagamento de horas extras, como o que foi assegurado pelos empresários para o 1º de Maio, além de 2 folgas e vale compras.

Outros querem a oportunidade de fazer as compras em um dia de folga. Dona de um laboratório, Iza Chacom afirma que não vê problemas na abertura dos supermercados, desde que os funcionários tenham revezamento de folgas que compense o dia trabalhado.

Maria Pereira compartilha a opinião. Para ela, se os trabalhadores ganharem hora extra, eles podem trabalhar. "Mas somente se ganharem por isso", argumenta.

Já a dona de casa Cleonice Moraes acha que os funcionários têm que descansar. "As pessoas que dizem que vão aproveitar o feriado para fazer as compras devem fazê-las antes e deixar o trabalhador descansar. Todos têm o direito ao descanso", afirma.

Maria Silvestre, empregada doméstica, se espanta em ver supermercados trabalhando 24 horas. "Se eles ficam abertos sempre e sem nem no dia do trabalhador os funcionários puderem descansar, eles não vão descansar é nunca", diz.

O taxista Rosalino Maidana trabalhou por 12 anos no comércio. "Mas na minha época fechava em todos os feriados. Acho que deve fechar sim, porque são poucas as oportunidades de ficar com a família e descansar", explica.

Os trabalhadores de supermercados se dividem. "Desde que eu ganhe o vale e uma folga, para mim esta valendo. Não me importo de trabalhar", afirma um dos funcionários da rede Comper, cujo nome será preservado para não expor o trabalhador.

Na opinião de um repositor da mesma rede, se o supermercado abrir no feriado, pelo menos vai trabalhar menos, porque será em ritmo de plantão, com turnos menores.

No Extra, outro repositor diz que não quer trabalhar, mesmo que ganhe a mais por isso.

Uma colega dele trabalha há 3 anos no local e diz que já se acostumou. "Feriado pra mim é sinônimo de trabalho. Já fomos informados que iremos trabalhar sábado. Para mim está bom", afirma, apesar do impasse sobre o funcionamento ainda não ter sido resolvido.

Impasse - O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Campo Grande, contrário à abertura, alega que tanto a Lei Federal 11.603, de 2007, quanto a Lei Municipal 81 são claras. Ambas determinam que o comércio em geral não pode abrir as portas em cinco feriados específicos

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